Cotidiano

Região Sul terá nova metodologia de cálculo dos custos de produção

Maiores produtores de suínos do Brasil, os três estados do Sul devem ter uma única sistemática para levantar custos a partir de 2017

Curitiba – A suinocultura da região Sul deverá ter, a partir de 2017, uma única metodologia de levantamento de custos, abrangendo toda as áreas produtoras e os modelos de criação, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os trabalhos em torno da nova sistemática já estão concluídos, restando apenas uma rodada de apresentações junto às agroindústrias e frigoríficos, do modelo criado em conjunto pelos três estados, com apoio da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), que custeou os serviços de consultoria.

O consultor Ademir Giotto, ligado à FAEP, coordenou os trabalhos, com reuniões realizadas em Florianópolis e Curitiba, desde o início do ano. Girotto explica que já num primeiro momento se percebeu não ser viável usar uma única planilha de custos para os três estados, devido às diferenciações de cada região produtora, mas que era possível desenvolver uma única metodologia para o levantamento dos custos de produção, observada a realidade de cada produtor, ou seja, o modelo de produção adotado pela propriedade e o sistema de produção.

“Através dessa metodologia, que é mais completa se comparada às atuais planilhas de custos, é possível fazer o lançamento de cada despesa, por menor que seja, e compor todas os custos de acordo com as características de cada região e o modelo da atividade”, informa o consultor Ademir Girotto, ao ressaltar que são muitas variáveis de custos incluídas nesse processo e que o trabalho para elaborar uma sistemática que pudesse ser usada pelos três estados foi mesmo um desafio. “Mesmo requerendo esforços até se chegar à metodologia pretendida, o que se percebe agora, com a conclusão dos trabalhos, é que o produtor passará a ter um quadro mais completo e bem mais detalhado em torno dos custos de produção na suinocultura”, afirma.

Visão mais ampla dos custos

Para o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores, Jacir Dariva, com essa nova sistemática o produtor passa a ter uma visão mais ampla dos números da atividade. “Quem produz precisa ter em mãos os custos de produção para estabelecer o ponto de equilíbrio da atividade e a margem de lucratividade que se pretende ter”, destaca Dariva.

Já o presidente da Comissão Técnica da Suinocultura da FAEP, Reny Gerardi de Lima, faz questão de destacar também o trabalho realizado pela Comissão para avaliação dos custos de produção das diferentes regiões do Paraná, que é realizado há vários anos. Reny acha importante agradecer o apoio da FAEP nesse processo, haja vista que a entidade banca os estudos de consultoria e dá todo o suporte necessário para os trabalhos.