Toledo – O oeste do Paraná caminha a passos largos e firmes em direção a uma política eficiente de gestão e correta destinação de resíduos sólidos, com o propósito de atender a lei federal criada para pôr um fim aos chamados lixões a céu aberto, como medida de proteção à saúde humana e ao meio ambiente.
Por dia, os municípios da região produzem o equivalente a 700 toneladas de lixo, gerando um total 255,5 mil toneladas de material orgânico e inorgânico por ano. Parte desse volume contamina o meio ambiente por intermédio dos lixões a céu aberto, presentes em pelo menos dez municípios da região. Os números do lixo gerado na região foram confirmados pelo gerente de resíduos sólidos da Sanepar e professor da FGV/ISAE e mestre em governança e sustentabilidade, Charles Carneiro.
Buscando uma solução definitiva para o problema, a Sanepar, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e a Agepar (Agência Reguladora do Paraná) criaram o Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos, para promover a correta destinação do material que terá como base a usina de reciclagem em Toledo e, paralelamente, transformar o gás gerado pelo lixo em energia elétrica.
Alguns prefeitos da região já ratificaram o compromisso de integrar o consórcio. Dos 53 municípios que integram a Amop, ao menos 25 devem fazer parte. O tema volta a ser discutido nesta sexta-feira, na primeira assembleia do ano da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), em Cascavel. Os 25 municípios que vão aderir ao consórcio nesta primeira etapa geram diariamente 200 toneladas de lixo.
Solução
De acordo com o presidente da Amop, prefeito de Matelândia, Rineu Menoncin, o Teixeirinha, o consórcio surge como alternativa para os municípios que enfrentam grande problema com a destinação final de seus resíduos. Ele espera uma adesão maior por parte dos municípios do oeste. “Esperamos que com o consórcio consigamos resolver de vez essa questão, que é tão séria para o meio ambiente”. Em todo o Paraná, são quase 100 municípios que ainda destinam o lixo de maneira inadequada.
Em novembro, o aterro sanitário de Toledo passou por vistorias da Sanepar e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Na época, foi constatado que o aterro segue todas as diretrizes ambientais previstas na legislação federal que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Por esse motivo, o presidente do consórcio será o prefeito de Toledo, Lucio de Marchi, por ser o gestor do Município sede da destinação dos resíduos das cidades que vão integrar o consórcio.
