Cotidiano

Região Oeste é contra aditivo, mas quer diálogo sobre o tema

Empresários, representantes de entidades e líderes políticos participaram de encontro

Foz do Iguaçu – Mais de 250 empresários, representantes de entidades organizadas e líderes políticos participaram, na sexta-feira (22), no Hotel Bella Itália, em Foz do Iguaçu, de um debate sobre o impacto do pedágio no setor produtivo e de possíveis aditivos a contratos do Anel de Integração Rodoviário.

Organizado pelo Programa Oeste em Desenvolvimento, o evento extraiu consensos que dão origem a um documento que será enviado ao governador Beto Richa, ao secretário de Infraestrutura, Pepe Richa, e a deputados. Além de não concordar com aditivos que manteriam as atuais concessionárias por mais tempo (contratatos expiram em 2022), a região pede que o tema, antes de qualquer definição, seja aprofundado em audiências públicas com a comunidade.

“O Oeste quer participar, fazer considerações e opinar sobre os rumos de um tema tão importante”, diz o coordenador da Câmara de Infraestrutura e Logística do POD, o ex-presidente da Acifi de Foz do Iguaçu, Danilo Vendruscolo.

Os trabalhos foram abertos com pronunciamentos e com a apresentação de um estudo técnico do Pelt, um programa de investimentos em infraestrutura elaborado pelo Fórum Futuro 10 Paraná, sob liderança da Fiep e que contou com o envolvimento de diversas entidades do Estado. O estudo traça também paralelo entre os contratos considerados de primeira geração e os posteriores, de segunda e terceira.

A defesa da Federação das Indústrias é que o valor deveria ser a metade do que é hoje e o volume de obras, com base no que ocorre em outros estados, o dobro. Presidente de entidades e cooperativas também se manifestaram e afirmaram que, diante dos valores do pedágio e do pouco volume de obras, exigem-se cautela na discussão e em definições sobre o tema.

O atraso nas obras da duplicação da BR-277, que já deveria estar pronta há pelo menos oito anos, também foi comentado entre os presentes. Um dado chama atenção em particular: para o transporte de uma tonelada de grãos, o valor do pedágio corresponde a 22% do frete pago, hoje na casa dos R$ 90.