Agronegócio

Redes sociais e as vendas no campo

As redes sociais estão se tornando cada vez mais as queridinhas dos agricultores na hora de escoar a produção diretamente ao consumidor.

Antes, para oferecer seus produtos, eles precisavam se deslocar com frequência até os clientes, participar de feiras, visitar mercados ou ainda depender da figura do atravessador.

Atualmente, o cenário que se desenha já é bem diferente por conta de um elemento que chega com tudo ao meio rural: os celulares inteligentes (smartphones).

Segundo a 28ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas de São Paulo) divulgada em abril de 2017, o Brasil tem 198 milhões de celulares inteligentes em uso, crescimento de 17% na comparação com os dados da pesquisa de 2016.

De acordo com o estudo, a expectativa é de que, nos próximos dois anos, o Brasil tenha 236 milhões de aparelhos desse tipo nas mãos dos consumidores, chegando também cada vez mais às mãos dos homens e das mulheres do campo.

Aproximar o produtor

Diante desse contexto tecnológico, a Fetaep (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares no Estado do Paraná) vem também incentivando o ingresso de sua base no universo digital e já sente a mudança no perfil dos agricultores – que estão mais conectados e dispostos a mergulhar de vez neste campo virtual.

E essa mudança contempla desde os dirigentes sindicais, que já usam o WhatsApp para divulgar suas ações e também tratar de assuntos de trabalho, chegando aos agricultores que usam as redes para se comunicar com seus clientes, fazendo a venda direta.

Em pesquisa recente feita pela Federação com 60 sindicatos filiados, 66% já estavam usando as redes sociais para se comunicar com sua base e também com a sociedade, seja por WhatsApp ou Facebook – que são as redes mais populares entre o Movimento Sindical. Desse total, 23 possuem página no Facebook.