Cotidiano

Rede de contatos foi o ponto forte da 10ª edição da Campus Party

SÃO PAULO – A décima edição da Campus Party chegou ao fim com elogios dos campuseiros à organização, mas críticas à estrutura do evento. Entre os participantes, estavam fundadores de startups querendo vender seus produtos e ideias, estudantes, pilotos de drones, construtores de robôs ou pessoas interessadas apenas em aproveitar a velocidade altíssima da internet: 40 gigabits por segundo. Os que acamparam na área do evento devem se retirar até meio dia deste domingo.

Apesar da falta de conexão sem fio à internet, os participantes elogiaram a melhora na logística do evento, que sofreu com quedas na internet apenas no primeiro dia. Problemas na eletricidade também não ocorreram nessa edição. Segundo participantes ouvidos pelo GLOBO, o sistema de credenciamento também melhorou a segurança e a facilidade ao entrar e sair da arena da campus no Pavilhão de Exposições do Anhembi. Entre os problemas relatados pelos campuseiros, o mais recorrente foi o temporizador colocado nos chuveiros, que limitou o tempo de banho a sete minutos. Embora a medida tenha sido aprovada pelos participantes pela sustentabilidade, no primeiro dia não havia aviso sobre o limite.

Felipe Peixoto, veterano de seis edições da Campus, veio neste ano como sócio da oa Impressão 3D, apresentando a impressora 3D da empresa, um dos ramos com mais destaque na edição deste ano. O equipamento produzia chaveiros e outros objetos para quem passasse pela mesa da startup.

? Como empresário, é ótimo. A gente fez muitos contatos aqui, repete muitas resposta porque a cada cinco minutos passa alguém perguntando o que é, como funciona ? disse.

Na área gratuita, a edição deste ano trouxe 160 startups de áreas distintas, em um espaço reservado para apresentação de produtos.

Para Peixoto, no entanto, a edição deste ano não teve um conteúdo tão chamativo como em outros anos.

? Não vejo muita gente que faz, diretores de empresa, presidentes. Ficou muito refém de conteúdos patrocinados ? afirmou.

O estudante André Masiero, de 33 anos, aprovou sua primeira participação na Campus.

? Os contatos que fiz aqui foram muito bons. Minha primeira impressão foi muito boa. Não tive problema algum de segurança, organização, nada ? disse.

O campuseiro criticou apenas o sistema de som dos eventos. Boa parte dos 77 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi foi tomado por barracas dos participantes acampados no evento e os volumes dos diferentes palcos no restante do espaço interferiam uns nos outros, além do som das torcidas na Arena – área da Campus gratuita e que recebeu uma batalha de robôs durante a semana.

O diretor-geral da Campus, Tonico Novaes, aprovou o resultado da décima edição. Segundo ele, o retorno dos 8 mil participantes foi positivo.

? Buscamos com sucesso nessa edição uma maior proximidade com os campuseiros, por meio de campanhas nas quais eles sugeriram conteúdos que entraram na programação oficial ? disse.