Cotidiano

Recuo na arrecadação é risco a limite prudencial

De janeiro a abril, o município gastou com pessoal R$ 295.843.058,24, o que representa 46,95% da receita corrente líquida de R$ 630.078.345,07

Cascavel – Ao fazer a prestação de contas do primeiro quadrimestre deste ano ontem à tarde, na Câmara, o prefeito Edgar Bueno não escondeu sua preocupação em relação aos gastos com a folha do funcionalismo cascavelense até o fim de seu mandato, em dezembro.

De janeiro a abril, o município gastou com pessoal R$ 295.843.058,24, o que representa 46,95% da receita corrente líquida de R$ 630.078.345,07.

Esse percentual está próximo do limite de alerta do TCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná), que é 48,6%, mas quase cinco pontos distante do limite prudencial, que é de 51,3%.

“Historicamente, as receitas principais ocorrem no primeiro quadrimestre do ano e, com isso, a tendência é de diminuição nos próximos meses. Enquanto isso, os gastos com pessoal tendem a aumentar”, destacou o prefeito. “Os estudos mostram que vamos chegar muito próximos do limite prudencial no fim do ano, mas faremos todo o esforço possível para que isso não ocorra”.

De acordo com Edgar, sua equipe vai monitorar mensalmente os gastos com a folha salarial. “Isso vai possibilitar uma reflexão das contas e evitar que o município atinja o limite prudencial. Todos nós sabemos que uma situação dessas é prejudicial, porque a prefeitura é penalizada. Entre as penalidades está a proibição de repasse e da assinatura de convênios”, lembrou.

INCREMENTO DE 21%

Puxada pelo IPTU e pelo IPVA, impostos que estão bem mais “salgados” que em 2015, a receita líquida da Prefeitura de Cascavel atingiu R$ 249.159.900,37 no primeiro quadrimestre deste ano, contra R$ 206.163.801,80 em igual período do ano passado, com alta de 21%. O IPTU rendeu R$ 23.277.830,11 e o IPVA outros R$ 46.540.166,22. O incremento teria sido maior não fosse o FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que recuou de R$ 18.133.277,70 para R$ 17.315.441,35 (2016).