Assunto sempre presente nas discussões entre torcedores brasileiros, os títulos mundiais de São Paulo, em 1992 e 1993, Santos (1962 e 1963), Flamengo (1981) e Grêmio (1983) estarão em pauta nesta sexta-feira na reunião do Conselho da Fifa, na Índia.
Na ocasião será analisada o pedido da Conmebol e da Uefa para que sejam considerados campeões mundiais os vencedores de confrontos entre clubes anteriores à criação do torneio da Fifa. Mais precisamente, será analisada a Copa Intercontinental, que reuniu times da América do Sul e da Europa entre 1960 e 2004.
Há a chance de a Fifa não reconhecer as conquistas, mas as entidades sul-americana e europeia consideram remota essa possibilidade, devido ao lobby já realizado com dirigentes do Conselho.
A Conmebol, aliás, explicou em seu pedido de consideração que Fifa nunca ignorou as conquistas. “A Fifa nunca mandou qualquer memorando, relatório ou aviso que os Intercontinentais não são Mundiais. Quem ganhou os Intercontinentais são campeões do mundo”, disse justificando o pedido para formalização do reconhecimento pela Fifa.
E o Palmeiras?
Como a reunião de amanhã analisará as competições internacionais entre clubes realizadas entre 1960 e 2004 – a Fifa realizou seu primeiro Mundial de Clubes em 2000, mas de forma ininterrupta apenas a partir de 2005 – a Copa Rio de 1951 vencida pelo Palmeiras está fora da discussão, bem como a edição seguinte, de 1952, vencida pelo Fluminense. Entretanto, para o Verdão, não é necessário o assunto estar na pauta desta sexta-feira, pois março de 2007 o Palmeiras recebeu documento da Fifa, assinado pelo então secretário-geral, o suíço Urs Linsi, declarando o time como primeiro campeão mundial por ter vencido a Copa Rio de 51. O problema é que no ano passado, ao exaltar a conquista palmeirense, a Fifa parabenizou o “campeão do primeiro torneio global” da entidade, que passou a usar a palavra “mundial” exclusivamente para times que levantaram o troféu entre 2000 e 2016 – do Brasil, apenas Corinthians, São Paulo e Internacional.
