Cotidiano

Rasca prega luta pela proibição definitiva do fracking no Paraná

Paraná se tornou o primeiro Estado do País a ter uma legislação estadual proibindo o fracking

A Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel) realizou na noite de quinta-feira mais uma edição do Bate-Papo Agronômico. Dessa vez, o convidado foi o deputado estadual e engenheiro agrônomo Rasca Rodrigues, que veio de Curitiba especialmente para falar sobre a suspensão das atividades de extração de gás xisto no Paraná.

A convite do presidente Francisco Justo Júnior, Rasca apresentou alguns números relacionados ao poder de destruição causado pelo método em todo o mundo e alertou que o fracking, como é mais conhecido, pode gerar grandes prejuízos para a saúde humana e para o potencial produtivo do País.

De acordo com Rasca, até 600 produtos químicos são utilizados no processo, incluindo substâncias cancerígenas e toxinas como urânio, mercúrio, metanol, ácido hidroclorídrico e formaldeído, entre outras.

No Paraná, a polêmica ganhou força em 2013, quando a Agência Nacional de Petróleo leiloou 72 blocos de exploração do gás de xisto. Desse total, 14 blocos foram leiloados, atingindo diretamente 122 municípios das regiões Oeste, Sudoeste e Noroeste do Estado.

No dia 22 de dezembro do ano passado, o Paraná se tornou o primeiro Estado do País a ter uma legislação estadual proibindo o fracking, que foi aprovada em unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.

RESERVAS

A maior reserva de gás de xisto no mundo fica na China, com 36,10 trilhões de metros cúbicos. O Brasil ocupa a décima posição neste ranking, com 6,40 trilhões de metros cúbicos, considerando apenas a Bacia do Rio Paraná.