Cotidiano

Rafael Cardoso quer ser odiado nas ruas por personagem psicopata em ?Sol Nascente?

2016-934884325-268408_20160828.jpg RIO ? Feche os olhos e pense num homem másculo, de olhar penetrante, voz mansa, gentil. Agora, abra-os e se afaste, caso a personificação dessa imagem seja Cesar Teixeira. Esses atrativos são as iscas para o vilão de Rafael Cardoso, em ?Sol Nascente?, envolver suas presas num bote certeiro e, algumas vezes, fatal. O bon vivant interpretado pelo ator de 30 anos chega após vários mocinhos encarnados por ele que conquistaram o público. LINKS TV 27.8

? Torço para ser odiado nas ruas. Vai ter muita gente se identificando ? provoca Rafael, ao ser questionado se está preparado para enfrentar olhares tortos dos telespectadores: ? Eu desejei sair da zona de conforto. Sempre buscava as nuances dos mocinhos, mas trocar a motivação para trabalhar é muito bom. Cada personagem deve vir como possibilidades, e não como problema.

Ao se afastar do mais puro amor, o economista da trama se aproxima do prazer em fazer maldades sem limites.

? Ele é um psicopata. Falo tranquilamente que ele tem um grau médio de psicopatia. Não chega a ser um serial killer. Mas acho que esse cara já precisou matar em algum momento da vida. Para ser como o personagem de Bruno Gagliasso em ?Dupla identidade?, basta um clique ? compara o ator.

Até conquistar de vez o coração de Alice (Giovanna Antonelli) e se apoderar da fortuna da família de Tanaka (Luis Melo), o neto da trambiqueira dona Sinhá (Laura Cardoso) vai deixar um rastro de dor na vida de muita gente, como da ex-mulher Sirlene (Renata Dominguez).

? Não vejo como defendê-lo, mas a justificativa por ele ser tão mau assim é porque já sofreu demais. Aí, virou um capeta ? relativiza, para acrescentar: ? Cesar se apaixona por si próprio. Ninguém pode dar aquilo que não tem. Ele não conheceu amor em lugar nenhum, não sabe o que é isso.

Ao lado de Carol (Maria Joana), o louro sedutor das 18h vai formar ?uma dupla explosiva?, como descreve o intérprete, que vai atravancar os caminhos de muita gente. Ao fim da sequência diária de maldades, o ator se despe:

? Eu termino de fazer as cenas e vou me limpando até chegar à garagem. Não carrego isso para a minha família. Eles não merecem isso. Eu não mereço me autoflagelar. Então acabou a cena, acabou a maldade.