Cotidiano

Radares fixos somem da 467 em Sede Alvorada

Radares foram removidos há cerca de duas semanas e condutores abusam da velocidade

Radares fixos somem da 467 em Sede Alvorada

Cascavel – Há cerca de duas semanas os moradores de Sede Alvorada, distrito de Cascavel, voltaram a conviver com os riscos constantes do excesso de velocidade no perímetro urbano. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) removeu os radares fixos que ficavam na BR-467 no trecho entre Cascavel e Toledo, em ambos os sentidos da via.

Ontem a reportagem flagrou diversos veículos, de todos os portes, bem acima da velocidade máxima permitida, que é de 60 km por hora naquele trecho.

Os moradores são os mais prejudicados e contam que em horários de pico atravessar a rodovia de um lado a outro ficou praticamente impossível. “Tem uma faixa de pedestre que ninguém respeita. Depois que tiraram os radares, e a gente nem sabe quem tirou, a situação ficou ainda mais complicada. Tem caminhão que passa acima dos 100 quilômetros por hora… Está um perigo”, reclama uma moradora enquanto esperava para conseguir atravessar a via.

O radar fixo estava ali havia mais de uma década. Diversas vezes a crítica dos moradores era a falta de manutenção. “Ele parava de funcionar, levava semanas para ser consertado, mas pelo menos o equipamento fazia muitos motoristas reduzirem a velocidade, com medo de serem multados. Agora está tudo liberado. Ninguém respeita mais”, afirma o caminhoneiro Adão dos Anjos Neto.

No sentido Toledo-Cascavel, restou apenas o poste que dava sustentação ao radar eletrônico. Do outro lado da via, no sentido Cascavel-Toledo, nem mesmo o poste sobrou.

O Jornal O Paraná procurou a superintendência do Dnit no Paraná. Por email, o departamento informou que assuntos ligados à fiscalização por radares deveriam ser tratados com o Dnit em Brasília. O contato foi feito, mas até o fechamento desta edição não houve retorno.

Reportagem: Juliet Manfrin