BRASÍLIA ? O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, afirmou que o governo ainda vai decidir como ficará a participação da Infraero no consórcio que administra o aeroporto do Galeão. Segundo ele, há possibilidade de a estatal sair do negócio, onde já aportou R$ 900 milhões, ficando no prejuízo. Outra solução seria a Infraero fazer novos aportes para continuar na sociedade, mas a empresa vem dando prejuízo e não tem recursos nem para arcar com o custo das demissões voluntárias dos funcionários nas novas concessões de aeroportos.
Quintella mencionou que aguarda ainda nesta quarta-feira dados da Infraero sobre o valor de mercado da sua participação no Galeão. Só depois disso, o governo tomará uma decisão.
? Vamos avaliar se o prejuízo vai ser esse ou se não vai ter mais R$ 1 bilhão no ano que vem, R$ 2 bilhões depois. Temos que analisar as consequências de ficar ou de sair ? disse Quintella, depois da solenidade de assinatura de renovação de contrato de terminais portuários.
Em dificuldades financeiras, a RIOgaleão procura uma saída para a continuidade do contrato de concessão. A proposta do governo, prevista numa Medida Provisória prestes a ser publicada e que cria o mecanismo da arbitragem, não resolve a situação, segundo a concessionária. O consórcio pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para reduzir o valor anual da outorga de R$ 760 milhões, por um período de dez anos, a partir de 2017. Mas, a tendência é que o pedido seja rejeitado pelo órgão regulador.
