A queda no dólar reanima as expectativas para o cenário econômico no País. Desde o mês de março, a moeda americana não recuava abaixo dos R$ 3,09, como observado na última semana.
O reflexo positivo é resultado, sobretudo, das mudanças previstas pelo governo. “Na medida em que o governo ganhar forma e aprovar a Reforma da Previdência, o real volta a ganhar força e atrair investidores”, destaca o economista, Camilo Motter.
Na avaliação do economista, não é possível prever o quanto pode chegar à queda da moeda até o fim do ano, entretanto, ele acredita que o real seja mais valorizado.
“Já começamos perceber um pequeno ganho no PIB que parou de cair nos últimos dois trimestres. Com a estabilização da economia, o País atrai investimentos, com isso, todos os segmentos que estão paralisados voltam a crescer”, justifica.
O fator negativo com a redução na cotação do dólar é o menor poder do País com a exportação. “O País perde, mas por outro lado, pode reverter isso atraindo capital de empresários locais e também de fora e o cenário que começamos a ver tem chamado a atenção para isso”. Na tarde de ontem o dólar recuou 0,36% e para a venda era negociado a R$ 3,12.
Segundo Motter, não é possível falar em economia sem que haja avaliação da política. “Tudo está atrelado. É o futuro da política que vai influenciar o destino do País. É preciso esperar pela nova eleição de presidente, mas antes disso, que o Temer consiga se estabilizar com a base aliada”, diz ele ao lembrar que com o cenário político conturbado, o câmbio americano tende a crescer novamente.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles já se pronunciou com otimismo em relação à recuperação da economia brasileira e destacou pontos que contribuíram para essa transformação como reforma trabalhista, TLP (Taxa de Longo Prazo), lei de responsabilidade das estatais e controle da inflação.
