Economia

Queda na produção de cana eleva preço do etanol e já reflete na região oeste

Os reajustes constantes causam preocupação e insatisfação em quem precisa abastecer seus veículos

Queda na produção de cana eleva preço do etanol e já reflete na região oeste

Cascavel – De uma semana para outra, foi possível observar aumentos significativos nas bombas de combustíveis das maiores cidades da região oeste do Paraná, principalmente do etanol e da gasolina. Os preços do óleo diesel tiveram pouca oscilação.

Os reajustes constantes causam preocupação e insatisfação em quem precisa abastecer seus veículos: “A insatisfação com o preço do combustível em nosso País é um problema que todas as pessoas que têm carro e abastecem estão passando. Quando chegamos para abastecer, nunca sabemos qual o preço”, afirma o consumidor Daniel Marcondes.

Levantamento da reportagem do jornal O Paraná em diversos postos de gasolina de Cascavel, de Foz do Iguaçu e de Toledo revela que esse aumentou chegou a R$ 0,70 por litro de etanol em um posto de Toledo, passando de R$ 3,69 para R$ 4,39.

Quem precisa se deslocar com frequência sofre impacto ainda maior, como relata o representante comercial Luiz Fernando Silva, que, mesmo atendendo apenas Cascavel, afirma que o preço alto do combustível impacta muito.

Em nota, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informa que uma das razões do aumento nos preços do etanol é a queda na produção de cana-de-açúcar que, na segunda quinzena de abril, atingiu 29,59 milhões de toneladas, queda de 22,51% em relação à quantidade registrada no mesmo período da última safra, quando foram processadas 38,19 milhões de toneladas. Essa queda na oferta de produto para a produção do etanol preocupa quem utiliza esse combustível e a gasolina comum, que tem 27% de sua composição de etanol.

 

Aumento constante

O Paranapetro (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná) informou que somente na última semana os aumentos passaram de 10% nas usinas produtoras de etanol, segundo pesquisa da USP (Cepea/Esalq). Do início de abril para cá, a elevação supera 30% nas usinas.