Cotidiano

Queda de juros depende de aprovação do ajuste fiscal

201609161120196682_RTS.jpgSÃO PAULO – O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou, nesta quinta-feira, que o início de um processo de flexibilização, ou seja, a queda dos juros, depende da redução da inflação e das incertezas em relação à aprovação do ajuste fiscal.

? É importante que ocorra a redução das incertezas em relação à aprovação dos ajustes fiscais e seus efeitos na inflação ? disse Ilan, durante discurso no evento ?As Melhores da Dinheiro?, em São Paulo.

Segundo o presidente do BC, a avaliação é que o efeito da alta dos alimentos na inflação passará a ser limitado e os preços de itens mais atrelados as variações da atividade econômica e à política monetária serão levados em conta na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para outubro. Na última r Juros 22-09eunião, a Selic foi mantida em 14,25% ao ano.

Embora tenha afirmado que a decisão dependerá da combinação desses três fatores, Ilan reforçou que a aprovação das medidas fiscais são essenciais para a retomada da confiança na economia e, assim, do crescimento.

? Temos que aproveitar a oportunidade benigna dada pelo cenário externo (para fazer os ajustes). A ênfase deve ser na aprovação das reformas para restabelecer a confiança e a retomada do crescimento, em um ambiente de inflação baixa e estável ? afirmou, lembrando que o objetivo é atingir o centro da meta de inflação, de 4,5% no ano que vem.

As medidas de ajuste, que incluem a aprovação da proposta de emenda constitucional (PEC) que limita o crescimento das despesas públicas e um novo modelo para a Previdência são necessários para que a trajetória da dívida volte a ser sustentável.

Em vídeo veiculado durante o evento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou a necessidade da aprovação das reformas após anos consecutivos de crescimento das despesas acima das receitas e da atividade econômica.