Cotidiano

Quase metade do mundo está on-line, mas países pobres ficam para trás

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RIO ? No fim deste ano, quase metade da população mundial estará usando a internet, graças ao avanço das redes de acesso móvel e a queda nos preços de aparelhos e pacotes. Entretanto, a comunidade on-line ainda está concentrada nos países desenvolvidos, revela relatório divulgado nesta terça-feira pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência das Nações Unidas para o setor.

?Em 2016, as pessoas não mais ficam on-line, elas estão on-line?, diz o relatório. ?O avanço de redes 3G e 4G ao redor do mundo trouxe a internet para mais e mais pessoas?.

Nos países desenvolvidos, a média é de 80% da população usuária de internet. Por outro lado, nos países em desenvolvimento o percentual chega a apenas 40% e, nos países pobres, o índice é de 15%, informa o relatório ?Measuring the Information Society?. A situação é crítica em alguns países do continente africano, como no Chade, onde apenas 2,7% da população têm acesso à rede; e no Níger, com 2,2% de conectados.

? Para conectar mais pessoas, é importante focar na redução geral das desigualdades socioeconômicas ? disse Houlin Zhao, secretário-geral da UIT. ? Educação e nível de renda são fortes determinantes se uma pessoa usa ou não a internet.

A Coreia do Sul lidera o ranking que mede a situação total dos serviços de telecomunicações, que incluem, entre 11 indicadores, o percentual da população conectada à internet em redes móveis e fixas e número de linhas telefônicas. A Islândia ficou em segundo, seguida por Dinamarca, Suíça e Reino Unido. O Brasil ocupa a 63ª posição.

Globalmente, 47% da população mundial está on-line, percentual ainda distante da meta das Nações Unidas de conectar 60% da população até 2020.

?O nível de penetração da internet hoje nos países menos desenvolvidos alcançaram o nível que os países desenvolvidos atingiram em 1998, sugerindo que os países menos desenvolvidos estão cerca de 20 anos atrás dos países desenvolvidos?, diz o relatório.