Cotidiano

Quase a metade dos tralhadores não consegue ascender profissionalmente

Info – Mobilidade social / primeira ocupaçãoRIO – Quase metade (49,1%) dos trabalhadores brasileiros não ascenderam no trabalho para ocupações que pagam mais e são mais protegidas, de acordo com a pesquisa sobre mobilidade sócio-ocupacional divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. Quase 40% dos trabalhadores ocupados (38,6%) conseguiram melhorar de vida ao longo de sua trajetória profissional, A análise considera aqueles que ascenderam para categorias de ocupação com melhor rendimento e menor vulnerabilidade (nas quais há uma parcela menor de ocupados ganhando menos que o salário mínimo e mais proteção social). Ao mesmo tempo, 11,1% dos trabalhadores regrediram.

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? Os grupamentos de atividade que mais apresentaram mobilidade foram os de vendedores e prestadores de serviços do comércio, trabalhadores dos serviços e trabalhadores agrícolas. As outras ocupações responderam por menos de 10% entre as pessoas que ascenderam ? afirmou Flávia Vinhaes Santos, responsável pela pesquisa, da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

São pessoas que trabalhavam no setor de serviços, mas que passaram para técnicos de nível médio.

Flávia explica que a chamada mobilidade intrageracional ? que é aquela dentro de uma mesma geração, numa vida profissional ? mostrou-se mais concentrada entre os estratos mais baixos, como vendedores e prestadores de serviços do comércio, trabalhadores dos serviços e trabalhadores agrícolas. Do total de trabalhadores que subiram de vida, 14,6% começaram trabalhando na agricultura e o mesmo foi observado entre os vendedores e prestadores de serviço do comércio e os trabalhadores dos serviços.

A manutenção da carreira na primeira ocupação é forte. Apesar da mobilidade ter sido maior entre os agricultores, a atividade manteve 45,6% deles na mesma atividade do primeiro emprego. O comércio foi onde mais mobilidade: apenas 25,6% continuaram no setor ao longo da carreira profissional.

Entre dirigentes e profissionais de ciências e artes, as melhores ocupações na pesquisa do IBGE, a permanência também foi alta: 40,3% e 67% respectivamente.