Esportes

Provocação pode, briga não, diz técnico da Argentina sobre rivalidade com brasileiros

BRASÍLIA – Em tempos de desencanto com a seleção, uma coisa ainda une o torcedor brasileiro: apoio a qualquer equipe que enfrente os argentinos. No torneio de futebol olímpico, não poderia ser diferente. Foi assim nas duas partidas disputadas até agora no Engenhão: na derrota por dois a zero para Portugal, na última quinta-feira, e na vitória por dois a um sobre a Argélia no domingo.

Mas nada que surpreenda ou tire o humor do técnico argentino, Julio Olarticoechea, que está em Brasília para o último jogo da fase de classificação, contra Honduras. Os hermanos têm obrigação de vencer para passar para as quartas de final.

– Como vou me surpreender (com a torcida contra)? Se viemos e cantamos “Brasil, decime que se siente” na casa deles. Temos que ser realistas. Há algo de amor e ódio com o Brasil. O que eu não gosto é de briga. Cantos fazem parte do folclore do futebol, da paixão – disse o treinador, aos risos, lembrando a canção de provocação aos brasileiros entoada pelos torcedores argentinos durante a Copa do Mundo de 2014.

Na segunda-feira, no torneio de tênis, no Rio de Janeiro, um torcedor argentino e outro brasileiro brigaram durante uma partida. Na ocasião, o argentino Juan Martin Del Potro eliminou o português João Sousa.

EXPECTATIVA CONTRA HONDURAS

Para o jogo contra Honduras, nesta quarta-feira, às 13h, no estádio Mané Garrincha, El Vasco, como é conhecido o treinador da Argentina, disse esperar um time fechado, que deixe pouco espaço para os argentinos. Ele reconheceu as irregularidades da equipe, mas mostrou confiança nos comandados para superar Honduras.

– Confio nos jogadores e continuo confiando – resumiu o técnico argentino.