Cotidiano

Protestos que fogem ao ?método democrático? preocupam, diz ministro

BRASÍLIA – O ministro da Defesa, Raul Jungmann, voltou a cobrar “punição exemplar” aos manifestantes que invadiram a Câmara ontem, e rechaçou qualquer ligação do grupo que pede intervenção militar com as Forças Armadas. Ele afirmou que o governo se preocupa com protestos que fogem ao “método democrático”, mas disse que a avaliação é de que se trata de um evento “localizado”, não devendo ser interpretado como ameaça dentro do contexto de outros atos, como o de estudantes nas escolas e de servidores no Rio de Janeiro.

Sobre o protesto da Câmara, Jungmann foi enfático na defesa do rigor da lei:

? Se nós não punirmos essas pessoas exemplarmente nós estaremos sancionando o desrespeito à democracia, que é uma conquista e desejo de todos os brasileiros ? afirmou Jungmann, acrescentando:

? Preocupação temos com qualquer fato que venha a perturbar a ordem ou as chancelas e os direitos democráticos. Isso (preocupação) existe, mas acreditamos que são fatos localizados.

Para o ministro, o protesto na Assembleia Legislativa do Rio, em que manifestantes entraram em confronto com a polícia, num ato contra o pacote de ajuste fiscal encaminhado pelo governo àquela Casa, não ficou dentro dos “melhores parâmetros”. Mas ele destacou que o fato não é comparável ao que ocorreu na Câmara, porque não impediu o exercício parlamentar.

? Com relação ao que aconteceu na Alerj, era algo já previsto, acompanhamos o tempo todo e que ficou dentro de parâmetros que podem não ser os melhores, mas que de fato possibilitaram que a Assembleia pudesse deliberar o projeto de interesse do Rio de Janeiro.

Jungmann enfatizou que o episódio na Câmara em favor da intervenção militar no país não conta com o apoio dos setores militares:

? As Forças Armadas estão absolutamente alinhadas com a Constituição, com os poderes da República e com a democracia.