Cotidiano

Protesto de auditores é tranquilo

Foz do Iguaçu – Auditores fiscais da Receita Federal deram as mãos ontem como forma de simbolizar a união e o protesto contra a falta de comprometimento do governo federal em atender acordo estabelecido no começo do ano, que concederia o chamado bônus de produtividade baseado em uma plataforma de metas a serem atingidas.

Em Foz do Iguaçu, os auditores distribuíam panfletos para quem passava pelo local. Com faixas e cartazes nas mãos, pedindo o cumprimento do acordo estabelecido ainda em maio, os auditores realizaram um protesto pacífico que não comprometeu o fluxo de veículos que cruzavam a aduana na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Arrecadação

A Receita Federal divulgou números do resultado do trabalho desenvolvido pelos profissionais em todo o Brasil, que garantiu somente este ano ao governo federal uma arrecadação de R$ 1,3 trilhão, ou seja, 98% de toda a arrecadação federal. Em relação à arrecadação dos processos provenientes de fiscalização, o total foi de R$ 121,6 bilhões. O salário inicial de um auditor é de R$ 18 mil.

A greve teve início em 1º de novembro e segue por tempo indeterminado. O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil) restringiu os trabalhos na Ponte da Amizade e na Eadi (Estação Aduaneira do Interior) de Foz do Iguaçu. A redução da velocidade nos despachos aduaneiros gerou uma fila de pelo menos 400 caminhões do lado de fora do Porto Seco. São liberadas em regime de urgência cargas vivas, inflamáveis e medicamentos.

Da média de 12 horas, o tempo para a liberação de cargas passou para pelo menos quatro dias na Eadi.