Política

Propina era paga até no Palácio Guanabara

Rio de Janeiro – A Operação C'est Fini, uma ação conjunta da Polícia Federal e do MPF-RJ (Ministério Público Federal no Rio de Janeiro), constatou que o chefe da Casa Civil do Governo Sérgio Cabral Filho, Régis Fichtner, recebia propinas referentes a obras públicas até mesmo no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.

Deflagrada por determinação do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, a operação de ontem, que envolveu cerca de 85 agentes da Polícia Federal, cumpriu cinco mandados de segurança, inclusive o que resultou na prisão preventiva do próprio Fichtner; uma condução coercitiva, a do ex-dono da Delta Construções S.A., Fernando Cavendish; 14 mandados de busca e apreensão; e uma intimação para depor, do empresário Alexandre Accioly.

Homem forte de Cabral, Fichtner é acusado de receber cerca de R$ 1,5 milhão nesse esquema de propinas referentes a obras como a construção do Arco Metropolitano e a urbanização de grandes comunidades no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) das Favelas. Este esquema chegou a desviar R$ 21 milhões dos cofres públicos.