ANCARA ? Em mais uma medida do expurgo em massa empreendido pelo governo turco, a promotoria de Istambul ordenou nesta quinta-feira o confisco dos bens de 187 empregadores por supostas ligações com o pregador Fethullah Gülen, a quem Ancara acusa de instigar a tentativa de golpe na Turquia.
De acordo com a agência de notícias Dogan, em uma grande operação da polícia financeira em Istambul e em outras cidades, 60 suspeitos, incluindo chefes de grandes empresas, foram detidos.
Os promotores emitiram 187 ordens de prisão como parte desta operação, a segunda desde o início da semana, especialmente dirigida contra o chefe da confederação patronal Tüskon e empresários conhecidos.
Também foi alvo o genro do prefeito de Istambul, Kadir Topbas, um influente membro do partido governista AKP, segundo a imprensa. Os detidos foram acusados de financiar o movimento Gülen.
Durante um discurso televisionado, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, anunciou na quarta-feira que, desde 15 de julho, foram presas 40.029 pessoas, das quais 20.355 permanecem em detenção.
Ele acrescentou que 79.900 funcionários públicos foram demitidos, especialmente do Exército, polícia e Justiça, e que 4.262 empresas ou instituições ligadas a Gülen foram fechadas.
