Cotidiano

Projeto reivindica R$ 1,5 trilhão para reforçar gelo marinho do Ártico

gelo.jpgRIO ? Uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona apresentou esta semana uma proposta para garantir a integridade do gelo do Ártico, cada vez mais fragilizado pelo aquecimento global. O projeto, que custaria US$ 500 bilhões, o equivalente a R$ 1,5 trilhão, consistiria na construção de 10 milhões de bombas eólicas sobre a calota polar. No inverno, o equipamento bombearia água para a superfície do gelo, onde iria congelar, e com uma camada mais espessa.

Ártico

Autor principal da pesquisa, publicada na revista ?Earth?s Future?, da União de Geofísica dos EUA, Steven Desch afirma que as bombas poderiam acrescentar um metro extra de gelo marinho para a atual camada do Ártico, que hoje raramente supera 3 metros de espessura.

? Um gelo mais espesso significaria gelo mais duradouro. Por isso, o risco de desaparecimento de todo o gelo do mar seria reduzido significativamente ? explicou Desch ao jornal britânico ?Observer?.

De acordo com Desch, o planeta está se aquecendo duas vezes mais rápido do que previam os modelos climáticos há poucos anos. O pesquisador acrescenta que as metas anunciadas por líderes globais para redução das emissões de gases-estufa não serão suficientes para conter o aumento da temperatura da Terra. Com isso, o mar ártico pode ficar completamente sem gelo durante o verão ainda na década de 2020.

? Parece que nossa única estratégia no momento é dizer às pessoas para que deixem de queimar combustíveis fósseis ? analisou o pesquisador. ? É uma boa ideia, mas precisaremos de muito mais do que isso para impedir que o gelo marinho do Ártico desapareça.