Cotidiano

Projeto polêmico deve ser votado na segunda-feira

A proposta gerou um clima tenso na cidade por reajustar em quase 30% o salário do prefeito, dos atuais R$ 12,8 mil para R$ 15.850 a partir de 1º de janeiro

Santa Tereza do Oeste – O polêmico Projeto 39, que levou um grupo de pessoas a ocupar a Câmara de Vereadores entre segunda e terça-feira, deverá começar a ser votado na próxima semana. “Se não houver nenhum imprevisto, ele será incluído na pauta da sessão de segunda-feira”, disse ontem o presidente José Luiz de Freitas, o Zezinho.

A proposta gerou um clima tenso na cidade por reajustar em quase 30% o salário do prefeito, dos atuais R$ 12,8 mil para R$ 15.850 a partir de 1º de janeiro próximo e com validade pelos próximos quatro anos. “Se pensarmos só em janeiro próximo é muito, mas se pensarmos que esse valor vai até dezembro de 2020 não é”, defendeu-se Zezinho, autor da proposta em conjunto com os demais integrantes da mesa diretiva da Casa.

O projeto também reajusta os salários do vice-prefeito e dos secretários municipais, mas em índices menores, de R$ 4,8 mil para R$ 5,5 mil e dos mesmos R$ 4,8 mil para R$ 5,2 mil, respectivamente. “Se não dermos um reajuste maior ao prefeito, o município não conseguirá contratar médicos já que a lei não permite o pagamento a eles de salários maiores que o do prefeito”, justificou o presidente da Câmara.

REVANCHISMO

Zezinho também culpou o candidato a prefeito Joedson Bau de insuflar um pequeno grupo de pessoas a invadir a Câmara. “O movimento foi liderado por ele, que terminou a eleição em último com menos votos (421) que o vereador mais votado”, disse o presidente, assinalando que os atuais vereadores não se beneficiam do projeto em questão já que tiveram o reajuste de seu subsídio aprovado ainda no ano passado – de R$ 4,9 mil para R$ 5,8 mil a partir de 1º de janeiro próximo.