Curitiba – O reajuste de salário do funcionalismo público e os investimentos públicos vão reduzir o impacto da crise na economia do Paraná em 2016. Uma projeção do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social) aponta que, juntas, essas medidas terão um impacto positivo de 1,3% sobre o PIB (Produto Interno Bruto) estadual e de 1,7% na geração de empregos (formais e informais) neste ano.
Significa, na prática, que essas medidas vão minimizar os efeitos da crise. Com a economia brasileira em recessão, o reajuste do funcionalismo e a retomada dos investimentos devem fazer com que o Paraná tenha resultados melhores do que os do Brasil, diz Julio Suzuki Júnior, presidente do Ipardes.
O Estado é hoje a quarta maior economia do País e responde por 6,3% do PIB brasileiro.
Em tese, se todas as demais áreas da economia do Paraná não tivessem crescimento, o aumento dos servidores e os investimentos já garantiriam um aumento de 1,3% no PIB do Estado. É claro que vários outros fatores vão determinar o desempenho da economia paranaense em 2016, mas elas têm um efeito muito positivo, exemplifica.
O reajuste de 10,67% do salário dos servidores do Estado, que entrou em vigor no último dia 1º, vai significar R$ 151 milhões por mês a mais em circulação na economia paranaense. Suzuki ressalta que o Paraná, graças ao ajuste fiscal, é o único Estado que tem condições de executar um programa de investimentos do porte que começa a ser implantado.
Um ano de obras
De acordo com o orçamento estadual, o Paraná programa investimentos para 2016 de R$ 6,8 bilhões, além de mais R$ 1,073 bilhão que serão aplicados pela Copel em Sociedades de Propósito Específicos e R$ 1 bilhão serão investidos apenas em infraestrutura, como ampliação, duplicação, pavimentação e construção de contornos de rodovias. Outros R$ 3,145 bilhões irão para estatais, principalmente a Copel, a Sanepar e o Porto de Paranaguá, para diferentes obras.
