Cotidiano

Professores se reinventam, mas a missão é sempre igual: ensinar!

Professores se reinventam, mas a missão é sempre igual: ensinar!

Cascavel – Dia 15 de outubro: Dia Nacional do Professor! A data foi criada para homenagear profissionais que têm papel fundamental no desenvolvimento da sociedade. Eles alfabetizam e transmitem o conhecimento nas principais áreas durante a formação escolar. A missão é nobre e os que se habilitam precisam de uma vocação acima do normal. Por conta da pandemia de Covid-19, a categoria que já possuía longas jornadas diárias, dentro e fora das salas de aula, precisou se adaptar as ferramentas tecnológicas que driblaram o isolamento e o distanciamento social.

A secretária municipal de Educação de Cascavel, a também professora Marcia Baldini, reforçou que a data é muito importante, pois todas as profissões passam por uma sala de aula. Ela relatou que na maioria das vezes as pessoas não têm noção da quantidade de serviço que demanda preparar aulas, avaliações, corrigir provas e realizar os diagnósticos avaliativos dos alunos.

“O professor é um profissional que é um alicerce na sociedade. Todos passam pelos ensinamentos, palavras e mãos de um docente. Eu sou professora com muito orgulho”, disse a secretária que trabalha há 27 anos na Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel. Há anos a classe luta pelo melhor e maior reconhecimento, que passa pela valorização do profissional em seu significado perante a sociedade, bem como a remuneração adequada à sua responsabilidade. “Nas últimas décadas, a profissão vem sendo desvalorizada, sujeita a muitas investidas ideológicas da sociedade. O trabalho do professor é um trabalho que necessita ser reconhecido, é um trabalho de formação”, completou Marcia Baldini.

Piso Nacional

Na avaliação do Siprovel (Sindicato dos Professores Municipais de Cascavel), a pandemia sobrecarregou os professores, que tiveram sua jornada de trabalho intensificada diante das demandas do ensino remoto, híbrido e presencial. Apesar de “15 de Outubro” ser uma data festiva, o momento serve para uma reflexão ainda mais profunda, em razão da desvalorização dos profissionais.

Conforme o Ministério da Educação, o PSPN (Piso Salarial Profissional Nacional) da rede pública da educação básica em início de carreira é de R$ 2.886,24. O Siprovel informou que em Cascavel o salário inicial com magistério para trabalhar 40 horas por semana é de R$ 2.557,71, além de um abono de R$ 328,53 para quem está abaixo do piso nacional. (Redação – Paulo Eduardo)

 

Foto: Secom

 

Campanha traz cursos gratuitos para professores

 

O MEC (Ministério da Educação) veicula a partir de hoje (15) uma campanha publicitária sobre o Avamec, o Ambiente Virtual de Aprendizagem do MEC, em comemoração ao Dia do Professor. Este ano, o foco são os cursos gratuitos que a plataforma oferece para esse público. O Avamec possui, hoje, 148 capacitações disponíveis para toda a sociedade e já atingiu 1,1 milhão de usuários.

Os cursos, realizados na modalidade de ensino a distância, são disponibilizados pelas secretarias do MEC, por suas entidades vinculadas e por parceiros do ministério. Eles são gratuitos e oferecem certificação de conclusão. Até o momento, os cursos Alfabetização Baseada na Ciência, Práticas de Alfabetização e ABNCC na Educação Infantil são os que ocupam as três primeiras colocações dos cursos mais acessados, somando mais de 13 milhões de acessos.

Melhorias com “pedagogia do aconchego”

Quando chegou ao Colégio Estadual Padre João Wislinski, em Curitiba, no ano de 1998, Luci Mara Pereira era professora de Língua Portuguesa. No cotidiano escolar, percebeu que muitos estudantes iam para a escola após o trabalho (geralmente, como autônomos ou diaristas) e que chegavam cansados a um ambiente pouco acolhedor — o que trazia prejuízo para a aprendizagem. Anos mais tarde, quando se tornou diretora da escola, resolveu tornar a escola um ambiente mais receptivo para esses alunos.

“Fizemos tudo mobilizando a comunidade escolar. Os pais e os alunos ajudaram a pintar, a fazer a horta. É muito importante que eles sintam que fazem parte do processo, porque, depois, ajudam a cuidar e manter os resultados”, conta Luci. Para ela, estudar em uma escola bem cuidada é um incentivo para o aluno.

Luci atribui a essas melhorias o salto que o colégio teve no último Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Em 2017, a pontuação da escola no Ensino Médio era 3.1, já em 2019, subiu para 4.7. Para ela, ser educadora é mais do que uma profissão, é uma missão. “Nós lidamos com vidas diariamente. Precisamos ter um olhar diferente para cada criança e adolescente, pois todos merecem respeito e a oportunidade de aprender”, afirma. “E quando trabalhamos para isso e vemos o resultado, é uma gratificação muito grande.”