Cem professores da rede estadual de ensino que integram a APP-Sindicato de Cascavel participam amanhã de assembleia, no Centro de Eventos de Maringá, às 8h30, para discutir a possibilidade de greve da categoria antes mesmo do início do ano letivo, marcado para 15 de fevereiro.
Conforme o presidente da APP-Sindicato de Cascavel, Paulino da Luz, mais de três mil pessoas ligadas ao sindicato terão poder de voto. Já no início do ano, os professores enfrentam um problema muito grave e que preocupa toda a categoria. Pela leitura que se faz, estamos em um momento decisivo, principalmente porque o governo estadual ataca direitos há anos adquiridos, relata.
A decisão da categoria será anunciada no fim da tarde de hoje.Em menos de um ano esta seria a segunda paralisação da categoria, que no ano passado permaneceu em greve por 15 dias no mês de outubro (17 a 31/10).
Os professores reclamam da redução das sete para cinco horas-atividades, problemas relacionados à distribuição de aulas e à reposição da data-base.
A versão estadual
O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, a secretária de Estado da Educação, Ana Seres, e o procurador-geral do Estado, Paulo Rosso, se reuniram, na quarta-feira (8), com a direção da APP-Sindicato para fazer um apelo à categoria. Conforme Rossoni, mais de 1 milhão de estudantes serão prejudicados caso a greve seja deflagrada. O governo não tem como avançar nas negociações. Temos que ter responsabilidade fiscal e orçamentária e não vamos recuar nas medidas que estamos adotando. Tudo que estamos fazendo, em várias áreas, e não só na educação, é no sentido de preservar o pagamento do salário dos servidores públicos, disse Rossoni, reforçando que o cenário econômico do Estado não é bom, assim como a arrecadação.
Se fizerem ou não a greve, nós vamos continuar conversando. Mas greve não traz recurso novo e prejudica muita gente, ressaltou Rossoni. Vivemos um momento de crise que exige o sacrifício de todos. Se não seguirmos firmes e determinados podemos cair na irresponsabilidade fiscal, completou.