Cotidiano

Produtores conhecem mais de tecnologia à proteção do solo

Eles plantaram milho safrinha combinado com capim Brachiária e, depois da colheita, também aveia para cobrir o solo e melhorar a retenção de água na lavoura

Tupãssi – Agricultores de Assis Chateaubriand e Nova Aurora participam amanhã, em Tupãssi de um dia de campo organizado pelo Instituto Emater para apresentar os benefícios de tecnologia de manejo do solo que está ajudando a melhorar a qualidade do plantio direto na região. A visita será nas propriedades dos produtores Gilberto Ribeiro e Carlos Pereira Alves. Eles plantaram milho safrinha combinado com capim Brachiária e, depois da colheita, também aveia para cobrir o solo e melhorar a retenção de água na lavoura.

Segundo Adalberto Telesca Barbosa, do Emater de Toledo, o sistema de plantio direto é uma tecnologia importante para a agricultura da região porque reduz o número de operações para o preparo do solo, evita a movimentação desse solo, baixa custos de produção, torna mais ágil a semeadura e pode contribuir com a conservação do solo. “Mas, em alguma situações, o produtor começa a ter problemas, principalmente com a volta da erosão. Problema constatado visualmente logo após uma forte chuva ou em análises químicas de água de rios da região que apresentam altos níveis de fósforo, nutriente aplicado ao solo por ocasião do plantio”.

O extensionista explica que a tecnologia que os produtores vão ver no dia de campo, e que é adotada pelos produtores de Tupãssi, têm condições de contribuir com a solução dessa dificuldade. “Num dos casos, o agricultor fez o plantio da Brachiária junto com o milho safrinha. O capim se desenvolve sem competir com o milho. Após a colheita, a Brachiária cresce e cobre o terreno no período da entressafra. Antes de fazer o plantio das culturas de verão, o capim é dessecado e ficará sobre o solo promovendo maior retenção da água das chuvas, virando rica fonte de matéria orgânica e nutrientes”, detalha Adalberto.

Para o engenheiro agrônomo da Emater, a presença de altos teores de fósforo em água dos rios da região indicam, ainda, que o produtor está perdendo dinheiro. “É nutriente caro que foi carregado das lavouras com as chuvas, Muitas vezes acontece num processo que nem é de erosão. A água que escorre parece limpa, mas leva com ela parte desse insumo que poderia ficar estocado na lavoura diminuindo o investimento com fertilizantes”.