Cotidiano

Problemas com a reciclagem

O programa de coleta de recicláveis de Cascavel, o “Reciclar é Preciso”, enfrenta problemas por falta de adesão da população. Segundo a gerente da divisão de resíduos sólidos, volumosos, cooperativas e educação ambiental da Secretária de Meio Ambiente, Marlise da Cruz, do total de 100% dos recicláveis, de 4% a 7% é coletado pela OT Ambiental, 30% por clandestinos e o restante vai para o aterro, por falta de separação domiciliar.

Os coletores clandestinos ficam atentos aos dias e horários que os caminhões da OT passam. “Enfrentamos isso todos os dias, as pessoas separam, colocam na frente de casa, é muito fácil para os clandestinos. Para se ter uma ideia, muitos nem são de Cascavel, vem de toda região coletar o nosso lixo, diminuindo os ganhos de quem passou por todos os processos legais”, diza gerente.

Geração de renda

Os materiais coletados pelos caminhões são levados até cooperativas que venceram os processos legais. “Tem muitas famílias que trabalham nesses locais, os ganhos por pessoa variam de R$ 600 a R$ 1.400, pois cada cooperativa estabelece um método”. No programa, o município paga o aluguel e as despesas com água e luz das cooperativas.

40 toneladas

Hoje são coletadas por mês aproximadamente 40 toneladas de recicláveis em Cascavel e 110 pessoas trabalham nas cooperativas. Na OT Ambiental são sete caminhões com três funcionários cada. “Cada dia temos um itinerário, na maioria dos casos a coleta é realizada uma vez por semana. Atualmente o bairro que mais rende é o Centro”, explica Marlise.

Ainda nem todo o território da cidade é coberto. “O Riviera ainda não possuí a coleta por não estar no contrato da OT, que para ir lá, solicitaria aditivo de contrato. Outro local é o Lago Azul que estamos tentando levar a coleta periodicamente”.

Itaipu

Conforme Marlise há um novo projeto entre a Prefeitura de Cascavel e a Hidrelétrica de Itaipu, a ideia contempla a construção de seis Ecopontos na cidade, em pontos de maior concentração de coletores, para que os próprios moradores levem o lixo até o local de separação.

“Esse é um espaço que a população pode conhecer o trabalho destes profissionais tão importantes para a cidade. Ali os coletores terão um local para se alimentar, vestiários, banheiros, equipamentos de segurança a disposição”. No projeto o município sede o terreno e a Itaipu constrói o barracão.