Cotidiano

Primeiro LirAa de 2016 aponta média de 6,8% de infestação

Além da dengue, Aedes aegypti pode transmitir a Febre Chikungunya e o Zika vírus

Cascavel – A equipe da Secretaria de Saúde, por meio do Programa de Controle de Endemias, divulgou hoje (15) o resultado do primeiro ciclo do LirAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação para Aedes aegypti) deste ano realizado em Cascavel.

A média de infestação é e 6,8% dos 3.932 imóveis visitados esta semana, índice considerado de alto risco para uma epidemia. O mesmo mosquito, além de transmitir dengue, é também uma ameaça à saúde pública para a Febre Chikungunya e o Zika Vírus.

Os números foram apresentados em entrevista coletiva pela assessora de Gestão Estratégica da Secretaria de Saúde, Maria Lucia Zachi, pela diretora de Saúde, Elaine Maria Dainez, que representaram o secretário de Saúde, Reginaldo Andrade, pela gerente da Vigilância Ambiental, Mariléia Renostro e pela gerente da Vigilância Epidemiológica, Beatriz Tambosi.

O LirAa começou a ser realizado na segunda-feira (11) e foi concluído ontem (14). Os agentes foram a campo divididos em nove estratos (regiões). Em algumas delas, o índice de infestação é de 11%, como é o caso da região dos bairros Tropical, Cidade Verde, Parque Verde, Claudete, Novo Milênio, Cancelli e Jardim Piatti.

O estrato com menor índice de infestação é dos bairros Jardim Acácia, Centro IV, Neva, Parque Tarquínio, Vila Tolentino, Parque São Paulo, Maria Luiza, Itamaraty, Quartel e Centro II.

“A maior prevalência de criadouros do mosquito foi encontrada no lixo e outros resíduos sólidos, como recipientes plásticos, garrafas, entulhos de construção, latas, os quais podem ser facilmente eliminados se fossem acondicionados e destinados adequadamente”, lembra Mariléia Renostro.

De acordo com ela, o LirAa é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, da febre Chikungunya e do Zika vírus.

“O levantamento identifica as localidades de maior risco e nos proporciona informação qualificada para atuação nas ações de prevenção e controle, permitindo a mobilização de outras secretarias, entidades e imprensa. Já estamos nos organizando para iniciar uma varredura na cidade, mas a maior participação tem de vir da população”.

O resultado já era esperado devido às condições climáticas dos últimos meses, de chuva contínua e calor, fatores que contribuem para a proliferação do mosquito.

“O alerta é para que a população aumente a vigilância e destine 15 minutos por semana para uma varredura na casa e no quintal, eliminando pontos que podem acumular água. É dever de todos combater o mosquito Aedes Aegypti”, destacou Mariléia.

Números da dengue

Durante todo o ano de 2015 foram notificados 1.639 casos com suspeita de dengue em Cascavel, sendo 190 casos confirmados autóctones e 80 importados. Esse número ainda não foi concluído, devido a alguns resultados de exames que serão confirmados em janeiro. Em 2014, foram 775 notificações (46 confirmações autóctones e 19 casos importados).

Até o dia 12 de janeiro a Secretaria de Saúde já registrou, este ano, 106 notificações de dengue, quatro de Zika Vírus e um caso de Chikungunya. Nenhum caso foi confirmado até agora.