Cotidiano

Primeiro debate tem clima amistoso

Em 2h30 de duração do encontro realizado na rádio Colmeia, os candidatos priorizaram os temas de saúde e segurança pública

Cascavel – A primeira oportunidade para os candidatos a prefeito de Cascavel divulgarem as suas propostas de governo aos eleitores foi marcada por um clima amistoso, sem ataques pessoais ontem. Em 2h30 de duração do encontro realizado na rádio Colmeia, os candidatos priorizaram os temas de saúde e segurança pública.  

O debate contava com a participação dos sete candidatos a prefeito, mas, em última hora, teve a ausência de Ivanildo Claro da Silva, o Professor Ivanildo, do Psol, que não conseguiu o registro da candidatura em tempo hábil na Justiça Eleitoral.

Sem Ivanildo, o encontro reuniu Aderbal de Mello (PT), Helio Laurindo (PP), Leonaldo Paranhos (PSC), Marcio Pacheco (PPL), Marcos Vinícius Pires de Souza (PSB) e Walter Parcianello (PMDB). O debate mediado pelo jornalista José Roberto iniciou com a apresentação dos seis candidatos.

Em seguida, eles trocaram perguntas sobre segurança pública, saúde, mobilidade urbana e educação. Em alguns momentos, os candidatos falaram sobre as diferenças das gestões pública e privada, assunto que ganhou destaque com a participação de dois empresários na campanha: Helio Laurindo e Marcos Vinícius Pires de Souza.

Porém, o tema segurança pública ganhou destaque, assim como a saúde.

Walter Parcianello foi o primeiro a responder a uma pergunta formulada pelo candidato Marcio Pacheco, com o tema segurança pública. “Vamos criar um plano integrado de ações com a união de órgãos do município, estado e governo federal. Será um trabalho de inteligência para combater a criminalidade”, afirmou Walter.

Já Pacheco disse que pretende efetivar a implantação da Guarda Municipal armada em Cascavel. “A guarda armada vai ajudar o Estado a melhorar a segurança pública. Não é mais possível a cidade sofrer com tantos problemas por falta de segurança”, criticou Pacheco, que também prometeu criar a Secretaria de Segurança Pública.

Em relação à saúde, praticamente todos os candidatos responderam sobre o assunto e criticaram o atual modelo de gestão do prefeito Edgar Bueno (PDT). “A saúde será prioridade na nossa gestão. Vamos humanizar a saúde em Cascavel. Hoje falta gestão pública e não é por falta de recursos. As pessoas são humilhadas no atendimento”, afirmou Paranhos.

Já Marcos Vinícius defendeu a informatização da saúde municipal e a inversão de prioridades no setor. “Temos que priorizar o atendimento básico à população, com a construção de novos postos de saúde”, afirmou o candidato do PSB. Aderbal falou também da implementação do Centro de Especialidades Médica e Odontológica, cujo projeto é de sua autoria e foi aprovado pela Câmara de Vereadores em 2008.

Serviço de coleta de lixo

Outro assunto polêmico debatido foi a prestação de serviço de coleta de lixo. Os candidatos Helio Laurindo e Aderbal de Mello defenderam a municipalização do atual modelo. “Eu defendo a municipalização do serviço de coleta de lixo. Os R$ 200 milhões que serão gastos no novo contrato do lixo poderiam ser investidos em outras áreas a fim de melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou Laurindo.

Já Aderbal lembrou que a coleta de lixo era municipalizada até o início da década de 1990 e depois passou para a iniciativa privada. “O que ocorre hoje é um desperdício de recursos. Por isso, a minha proposta de governo é municipalizar o serviço”, disse Aderbal.

Proposta vira alvo de críticas

Durante o debate entre os seis candidatos a prefeito de Cascavel uma das propostas feitas pelo candidato Leonaldo Paranhos virou alvo de críticas de seus adversários. Trata-se do comboio da saúde. O programa, segundo Paranhos, consiste na aquisição de ônibus para prestar atendimento direto às pessoas nos bairros. 

“Temos que investir na saúde curativa e não levar ônibus para conversar com a população”, criticou Marcos Vinícius. “Comboio de ônibus não é carnaval”, emendou Aderbal.

Trânsito

As questões sobre mobilidade urbana ganharam pouca relevância no debate entre os candidatos a prefeito. Walter Parcianello respondeu uma das perguntas sobre o assunto. “Não será com a instalação de pardais e com essa cobrança negocial que vamos resolver os problemas do trânsito de Cascavel. O nosso plano de governo prevê um programa permanente de conscientização das pessoas”, afirmou.

Parcianello também criticou as obras do PDI (Programa de Desenvolvimento Integrado), que é executado na avenida Brasil, com recursos financiados do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). “Estamos vendo barbaridades nas obras da avenida Brasil. Serão instalados mais de 60 semáforos. Isso vai criar um caos no trânsito da cidade”, criticou.