Cotidiano

Primeira-ministra britânica ordena revisão da lei trabalhista

2016 921570625-2016 921444935-201607051143205328_RTS.jpg_20160705.jpg_201607.jpgLONDRES – A primeira-ministra britânica Theresa May ordenou uma revisão nas regras de trabalho, argumentando que quer garantir que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos num momento em que há mudanças nos modelos de negócios e forte tendência em direção a jornadas flexíveis e ao trabalho por conta própria.

A revisão é pedida antes da conferência anual do Partido Conservador, a primeira de Theresa May como primeira-ministra e na qual se espera que ela dê um passo para a reconciliação de um país dividido pelo referendo do último mês de junho, quando os britânicos votaram pela saída da União Europeia, e definir como o processo acontecerá de forma bem-sucedida.

?Estamos construindo um novo eixo na política britânica, melhorando a segurança e os direitos do trabalhador comum é peça-chave na construção de um país e uma economia que funcione para todos, não apenas para poucos privilegiados?, disse Theresa em um comunicado.

O voto britânico pela saída da União Europeia foi puxado em parte por uma reação à política entre os trabalhadores que acreditam ter tido perspectivas fortemente prejudicadas pela crise financeira de 2007/2008 e pelos anos de austeridade.

A revisão será focada em como a atual lei trabalhista pode ajudar a lidar com o número crescente uma diversidade de tipos de emprego, como o trabalho por conta própria, o temporário ou os contratos ?zero hora?, que oferece aos empregados flexibilidade, mas não garante trabalho.

Anteriormente neste ano, políticos condenaram o varejista britânico Sports Direct por pagar a seus funcionários menos que o salário mínimo num momento em que mesmo as condições de trabalho dos motoristas do Uber, de serviços urbanos de transporte, passaram por análise na justiça.

? Novas formas de emprego têm muitas vantagens para os trabalhadores e consumidores, mas há desafios e riscos ? , disse Matthew Taylor, diretor de uma fundação cultural e ex-consultor político do governo, e a quem foi pedido conduzir a reforma. ? Precisamos avaliar esse assunto com a mente aberta, reconhecendo que dentro de nosso sistema flexível de trabalho o mesmo tipo de contrato pode ter uma diversidade de impactos nas pessoas que o utilizam.