Cotidiano

Pressão leva Câmara a cortar salários e cadeiras

O projeto para a redução dos salários, dos atuais R$ 5.545,04 para R$ 3.850, obteve nove votos favoráveis

Palmas – Enquanto estudantes do ensino médio da maioria das demais cidades do Estado são usados por partidos ideologicamente opostos ao Governo Michel Temer para ocupar escolas e barrar a reforma curricular, os de Palmas, no Sul do Estado, acabam de dar uma lição de cidadania.

Dois projetos de lei originados de uma iniciativa popular encabeçada por alunos dos colégios da cidade, aprovados na sessão de segunda-feira à noite, vão determinar uma redução de 30% nos salários dos vereadores a partir de 1º de janeiro próximo, e também a redução do número de cadeiras (de 13 para 9) ao fim da próxima legislatura. Apenas com a primeira medida, o custo da Câmara será reduzido em R$ 4 milhões nos próximos quatro anos. Pela regra constitucional seriam necessárias 1.499 assinaturas (5% do eleitorado) para que os projetos fossem protocolados, mas os estudantes conseguiram 6.920 assinaturas (23% do eleitorado) em um prazo de apenas 15 dias.

O projeto para a redução dos salários, dos atuais R$ 5.545,04 para R$ 3.850, obteve nove votos favoráveis e também implicará no corte de seis vagas de assessoria. Já o que reduz o número de vereadores obteve aprovação unânime.

CASCAVEL

Em Cascavel, a Câmara aprovou em 2015 uma minirreforma proposta pela mesa diretiva que reduziu 21 cargos de assessoria e neste ano decidiu manter os salários dos vereadores congelados para a próxima legislatura. Ainda assim, porém, a Casa mantém 76 funcionários concursados e outros 85 comissionados, além de 21 vereadores. Não por acaso, o orçamento estimado para 2017 é de R$ 20,7 milhões,