Policial

Preso é agredido na cela do seguro

Agredido estaria contando vantagem sobre estupros cometidos

Toledo – Uma briga entre dois detentos na chamada cela do seguro da cadeia da 20ª SDP (Subdivisão Policial) de Toledo gerou uma intensa movimentação policial no fim da madrugada de ontem. As primeiras informações repassadas para a polícia era de que os detentos do seguro tentavam fugir e teriam sido impedidos, momento em que teriam iniciado uma rebelião.

Contudo, após a contenção dos rebelados, foi descoberto que a confusão começou com uma briga entre dois presos.

Armado com estoques (armas artesanais feitas por eles dentro das celas), o preso agrediu Gilberto Alves Ribeiro. O homem estava preso por ter abusado sexualmente de sua enteada, uma adolescente de 13 anos, em julho deste ano, em Toledo.

Gravemente ferido, ele foi encaminhado por socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) com risco de morte ao Hospital Bom Jesus, em Toledo.

O autor dos golpes foi identificado como Julio Cesar Faustino que, em entrevista ao repórter Amarildo Fernandes, da Rádio Guaçu, disse que havia dias que se desentendia com Gilberto, que contava ter estuprado a enteada porque fora seduzido por ela. “Eu não gosto de estuprador. Onde já se viu um homem de 43 anos dizer que foi seduzido por uma criança. Essa ‘fita’ vem se esticando há vários dias e eu esperei a madrugada e fui para matar ele mesmo. Eu queria ele morto e só não o matei porque ele se fingiu de morto. Quando achei que ele tinha morrido eu deixei ele quieto. Mas era para ele ter morrido. Depois que eu vi que ele ainda estava vivo e que o médico o tirou dali. Não estou arrependido de nada”, desabafou o preso.

Violência sexual

A garota de 13 anos vinha sendo estuprada havia pelo menos um ano antes de o acusado ser preso. Na época, inclusiva, houve a suspeita de que ela estivesse grávida do padrasto.

Outro preso, que não teve o nome divulgado, foi amarrado nas grades das celas e também ficou ferido, mas sem gravidade.

A cadeia de Toledo tem capacidade para 30 presos e no momento da confusão estava com quase 200. Somente na ala do seguro, que comporta oito presos, haviam 16.