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Presidente do Corinthians detona CBF após saída de Tite: 'Estou p...'

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O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, não digeriu muito bem a forma como a CBF conduziu o acordo para Tite se tornar o novo treinador da seleção brasileira. Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, após anunciar oficialmente que Tite não comanda mais o Corinthians, o presidente do clube paulista detonou o mandatário da CBF, Marco Polo Del Nero, e reclamou por não ter sido procurado durante a negociação:

Tite troca Corinthians pela seleção

– Estou puto com a CBF pela maneira que eles vieram tirar o Tite daqui. Não recebi nenhum telefonema do presidente. Hoje, quando já estava tudo resolvido, ele tentou me ligar. A seleção não merece o Tite. Eles não estão acostumados a lidar com gente com ética pela forma sorrateira com que tiraram ele do clube – criticou Andrade.

– (Telefonar) É o mínimo que um presidente da CBF tem que fazer. Mas isso mostra a maneira como eles agem. Não admito isso. Não preciso da CBF para nada. Espero que não precisem mais de mim. Quero que respeitem o Corinthians, foi o que faltou. Não temo nada. Vai fazer o que, colocar o juiz para apitar contra? – continuou o presidente do clube, sem esconder a irritação.

O próprio Tite, contudo, ficou imune às críticas de Andrade, que fez questão de agradecer o treinador pelo trabalho realizado no Corinthians. Pelo clube paulista, Tite conquistou dois Brasileiros (2011 e 2015), um Campeonato Paulista (2013), uma Libertadores e um Mundial de Clubes, ambos em 2012.

– O Tite a gente tem que agradecer pelo trabalho que fez aqui. O Corinthians evoluiu bastante, e o Tite também evoluiu.

O presidente do Corinthians reiterou que a postura atual do clube é de ruptura com a CBF, mas ressaltou que não tentará impedir a convocação de jogadores para a seleção brasileira. Na Copa América, o volante Elias era o único na lista do técnico Dunga que atuava no clube.

– Esse negócio de convocação… assim eu prejudicaria o jogador, não a CBF. Satisfeito eu não estou, não tenho o que fazer lá (na CBF). Podemos chamar de ruptura, sim.