Educação

Presidente Bolsonaro anuncia pastor como novo ministro da Educação

Entre as características que fizeram com que fosse escolhido, está o "apreço à família e aos valores", dizem conhecidos e integrantes do governo

Foto: Mackenzie/ Divulgação
Foto: Mackenzie/ Divulgação

Brasília – O presidente Jair Bolsonaro escolheu Milton Ribeiro para ser o novo ministro da Educação. O anúncio foi confirmado nessa sexta-feira (10) pelo presidente nas redes sociais. A nomeação de Ribeiro foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União minutos depois.

Em publicação no Facebook na tarde de sexta, Bolsonaro escreveu: “Indiquei o Professor Milton Ribeiro para ser o titular do Ministério da Educação”. Em seguida, publicou breve currículo sobre Ribeiro. “Doutor em Educação pela USP, mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em Direito e Teologia. Desde maio de 2019, é membro da Comissão de Ética da Presidência da República.”

Pastor da Igreja Presbiteriana em Santos e vice-reitor da Universidade Mackenzie, Ribeiro é advogado e tem formação em Teologia. Entre as características que fizeram com que fosse escolhido, está o “apreço à família e aos valores”, dizem conhecidos e integrantes do governo.

Ribeiro era o nome do “paulista” citado por Bolsonaro ao se referir aos candidatos ao cargo no MEC, vago desde a saída de Abraham Weintraub, no dia 18 de junho.

Contudo, apesar de evangélico, ele não era um nome apoiado pela bancada do segmento na Câmara. O grupo tinha como candidato preferido o reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Anderson Correia. Ex-presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ele é membro da Igreja Batista.

Bolsonaro chegou a nomear o professor Carlos Alberto Decotelli, ex-presidente do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação), para suceder Weintraub. Cinco dias depois ele pediu demissão após diversas informações falsas terem sido apontadas em seu currículo.

Na quinta-feira passada (3), Bolsonaro convidou para o MEC o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que chegou a aceitar o cargo. Entretanto, com a divulgação o convite, Feder passou a ser alvo de fritura de grupos ideológicos, evangélicos e até militar nas redes sociais. No domingo (5), o secretário usou as redes sociais para rebater as críticas e disse que declinou a proposta do presidente.