PARIS ? O candidato à Presidência francesa François Fillon negou nesta segunda-feira que tenha cometido irregularidades durante seu período no governo. Ele foi acusado de dar empregos-fantasma à sua mulher e aos seus filhos: ou seja, os seus parentes teriam recebido pagamentos por vários anos sem nunca exercer funções de verdade. Em um pronunciamento televisionado, o ex-premier disse que a sua mulher trabalhou no seu governo por 15 anos e realizou funções essenciais, recebendo um pagamento justo por isso.
A popularidade de Fillon entrou em queda desde que o escândalo veio à tona, denunciado pela imprensa francesa. E, então, o candidato passou a ser pressionado a deixar a corrida eleitoral ? inclusive pelo seu próprio partido. Nesta segunda-feira, sugeriu que não abandonaria a candidatura e disse ser alvo de ataques sem precedentes no país.
? Não posso aceitar acusações sem fundamento contra mim ? disse. ? Nunca violei a lei ou contrariei meus princípios morais.
Aos 62 anos, Fillon argumentou que tem uma longa carreira na política livre de escândalos ou acusações de corrupção. Até agora, Fillon havia construído uma imagem de político íntegro e com um programa repleto de importantes reformas econômicas. O seu destino agora depende de sua capacidade de convencer os deputados de seu partido, preocupados também por conta das eleições legislativas que acontecem em junho, logo após às presidenciais.
