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Prefeitura rompe com empresa que fazia obra do velódromo olímpico

A Prefeitura do Rio oficializou o rompimento com a construtora Tecnosolo, responsável pela obra do velódromo das Olimpíadas de 2016. O blog Radar Olímpico havia antecipado em março que a Tecnosolo, embora continuasse oficialmente responsável pela obra, passaria o restante para outra construtora, a Engetécnica.

O velódromo é a instalação olímpica mais atrasada, com previsão de inauguração para junho, a dois meses das Olimpíadas. Em nota enviada ao mercado financeiro nesta segunda-feira, a Tecnosolo alega que a obra começou com atraso de quatro meses por erros no projeto fornecido pela Prefeitura. A Tecnosolo afirma também que entregou 83% da obra concluída, mas só recebeu 63% dos repasses do município.

O prefeito Eduardo Paes havia afirmado, no último mês, que a Tecnosolo mostrou não ter capacidade para gerir a construção do velódromo, embora tivesse vencido a licitação.

Em nota, a Empresa Olímpica Municipal (EOM), órgão ligado à Prefeitura do Rio, citou os problemas de recuperação judicial enfrentados pela Tecnosolo, que entrou em processo de falência, como motivo para o rompimento do contrato, oficializado no último dia 17. A EOM garante que a contratação emergencial da Engetécnica não aumentou o custo da obra, orçada em R$ 138 milhões após um aditivo acertado em janeiro, e que a entrega segue prevista para junho.

Os impasses recorrentes trouxeram uma série de dificuldades à obra do velódromo. O comitê Rio-2016 cancelou o evento-teste de ciclismo de pista, que aconteceria no fim de abril, por conta do atraso na instalação da pista. A situação chegou a tal ponto que o Comitê Olímpico Internacional já trabalha com a possibilidade de que a fachada da arena não fique pronta os Jogos Olímpicos do Rio, que terão início em 5 de agosto.