Cotidiano

Prefeitura rescinde contrato com a Provopar

Após dois meses, sem nenhuma justificativa por parte da entidade, o Município decide encerrar convênio de R$ 55 mil/mês.

O valor era pago pelo Município para custear a aplicação de atividades e cursos oferecidos pelo Provopar à população de Foz do Iguaçu. O dinheiro era investido com o objetivo de patrocinar aulas de qualificação profissional à milhares de jovens, mas que na prática não era o que vinha acontecendo.

A Prefeitura fez um levantamento do número de alunos por turma e constatou as vagas não estavam sendo totalmente preenchidas de acordo com as metas estabelecidas. O detalhe é que em algumas turmas havia apenas um aluno com o professor.

Em Gastronomia, de 215 vagas, apenas 51 estavam em curso. Cabeleireiro, de 160, 68 estavam cursando, Empreendedorismo de 80, apenas 6 alunos e Informática 160 vagas abertas e só 19 preenchidas. Em razão da baixa adesão aos cursos, a Prefeitura então notificou o Provopar cobrando explicações pela situação, mas em dois meses nenhum acordo foi firmado e ninguém da entidade, nem a diretoria procurou o Município.

Diante disso, a prefeita juntamente com a secretária de Administração e toda a equipe jurídica da Prefeitura decidiram suspender o convênio. A decisão foi divulgada em coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira (24), no Palácio das Cataratas.

Segundo a prefeita Inês Weizemann a suspensão não irá prejudicar à comunidade. “Nós queremos abrir oportunidade para outra entidade que possa atender as nossas expectativas na realização de cursos que capacitem os alunos de fato. Que possam cumprir com as metas de vagas em cada turma”, enfatizou Inês.

Ainda de acordo com Inês, a situação já vinha ocorrendo nos últimos quatro anos. “Nós não sabemos o que aconteceu para a baixa procura de alunos, se foi falta de divulgação por exemplo. Mas esta era uma responsabilidade que cabia ao Provopar, nossa parte (Município) foi cumprida. E não fomos informados, até agora, de nenhuma justificativa sobre essa situação que já vinha acontecendo nos últimos quatro anos. Se estivessem atendendo alunos em todas as vagas estabelecidas não teria problema algum”, ponderou.