Cotidiano

Prefeitos do Paraná iniciam 2017 cortando gastos

Medidas mais comuns incluem redução de secretarias, cargos e moratória de dívidas

Em Curitiba, o prefeito Rafael Greca (PMN) começou sua segunda passagem pelo comando da Capital adiando a Oficina de Música, reduzindo o número de secretarias de 23 para 12 e anunciando o corte de 40% dos cargos comissionados e funções gratificadas. E deve anunciar novas medidas de economia na semana que vem, quando pretende concluir um levantamento sobre a situação financeira da prefeitura.

Em Maringá (região Norte), o novo prefeito Ulisses Maia (PDT), anunciou no primeiro dia de trabalho após a posse uma moratória de 60 dias nas contas do município. O objetivo é reavaliar os contratos firmados e os “restos a pagar” deixados pela gestão anterior, de Carlos Roberto Pupin (PP).

Em Cascavel (Oeste), o recém-eleito prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) determinou um corte de 30% nos gastos do município, excluindo apenas as secretarias de Educação e Saúde. Ele também ordenou a revisão de todos os contratos. Já no início da gestão, Paranhos idenficou situações consideradas “estranhas”, como a demora nos serviços, como por exemplo, a quantidade de empresas envolvidas na execução do mesmo serviço na área da saúde. “Para o conserto de ar-condicionado há uma empresa que retira e transporta o aparelho, outra que faz o conserto e outra para a instalação”, relatou.

Em Fazenda Rio Grande (região metropolitana de Curitiba), o prefeito recém empossado Marcio Wozniack (PSDB) baixou ato no primeiro dia útil do mandato para cortar 50% dos cargos em comissão, ou 100 cargos no total, além de redução salarial da maioria dos servidores que permanecem e corte das funções gratificadas. Apesar disso, garantiu a reposição salarial da inflação de 8,5% para o funcionalismo municipal.

 Tumulto

Já em Pinhais, também na região metropolitana de Curitiba, houve tumulto entre manifestantes e vereadores da Câmara Municipal, durante a votação de proposta da nova prefeita, Marli Paulino (PDT), que suspende por 180 dias a data-base do reajuste dos servidores. O projeto também prevê a redução em 15% nos salários da prefeita, que passou de que era de R$ 23.091,19 para R$ 19.627,51, da vice, dos secretários, e dos funcionários com cargos comissionados, além do corte em promoções e outros direitos que envolvem os servidores municipais.

Em União da Vitória (Sudoeste), o empresário Santin Roveda (PR) assumiu a prefeitura anunciando o corte de salários de janeiro dele, do vice-prefeito Bachir Abba (PMDB) e dos secretários. Os recursos serão usados na compra de remédios para abastecer os postos de saúde do município. O impacto da medida é de R$ 160 mil. Ele estabeleceu ainda como meta o corte de 20% das despesas.