Cotidiano

Preço do milho cai quase 20% em um mês

Com 35% dos 378 mil hectares com milho já colhidos, a tendência é para que os produtores intensifiquem a colheita no início desta semana

Cascavel – Com 35% dos 378 mil hectares com milho já colhidos no Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, a tendência é para que os produtores intensifiquem a colheita no início desta semana. O objetivo é fugir da chuva que promete chegar entre hoje e amanhã e se estender pelos próximos dias.

Ainda com perdas indefinidas, uma vez que boletins mais precisos do Deral (Departamento de Economia Rural) só devem ser divulgados em alguns dias, não se pode saber qual será a quebra na produção, mas o que se nota, por exemplo, é um recuo de quase 20% nos preços cotados pelo produto em apenas um mês.

Com uma das piores escassezes do produto dos últimos anos, a falta de milho jogou o preço às alturas e, o produto no balcão, que custava R$ 41 no começo de junho, ontem estava orçado em R$ 33,50.

Segundo a economista do Deral, Jovir Esser, “ainda é muito difícil falar sobre perdas”. “As primeiras áreas colhidas estão dentro da estimativa inicial prevista, mas teremos um diagnóstico mais preciso com o avançar da colheita para avaliar, por exemplo, os efeitos das geadas, da estiagem de abril e as altas temperaturas do começo do ciclo”, reforça ao lembrar que até o fim deste mês praticamente todas as áreas devem ter sido colhidas na regional.

A boa notícia é que, com a previsão de nova queda nas temperaturas na quinta-feira, com expectativa de 5ºC de mínima, se gear neste momento os efeitos devem ser mínimos sobre a cultura. “Quando o assunto é geada o pior já passou, principalmente porque no mês passado e retrasado a maior parte das lavouras estava em fase de frutificação e maturação, portanto mais suscetíveis”, afirma Jovir.