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Prass minimiza faixa de capitão, mas reconhece papel na seleção olímpica

20160718153922_578d225a05369.jpgEmbora seja favorito destacado ao posto de capitão da seleção olímpica, ainda não há nenhuma comunicação oficial de que o goleiro Fernando Prass irá receber a faixa. Nesta segunda-feira, durante a apresentação dos jogadores na Granja Comary, em Teresópolis, o goleiro, de 38 anos, reconheceu que, por sua vivência, tem um papel a desempenhar no jovem grupo brasileiro. Mas disse que isto não depende de receber a braçadeira. Futebol olímpico – 14.07

– O capitão tem poucas atribuições: o sorteio no início do jogo, assinar a súmula, conversar com o árbitro… Não ser capitão não tira dos outros as responsabilidades, a possibilidade de falar com os companheiros. Liderança não se fabrica, é natural. Como em qualquer outra equipe, não significa que a obrigação seja minha. Um menino de 19 anos pode, de repente, assumir esta liderança. É questão de característica, de personalidade – afirmou o goleiro, que emendou. – Nem sempre o que mais fala ou o que mais gesticula é o líder. Já estive em muitos vestiários em que o líder passava despercebido do grande público.

Prass reconheceu, no entanto, que tem missões especiais nesta seleção olímpica, com 15 dos 18 convocados enquadrados na categoria sub-23.

– Normalmente, os mais velhos têm mais experiência, vivência. Com isso, têm mais percepções e ajudam em situações que o mais novo ainda não vivenciou. Com o goleiro acontece ainda mais. A gente demora mais a jogar e, com isso, amadurece mais tarde. Passamos pelas provações mais tarde, embora tenhamos uma longevidade maior – disse o goleiro do Palmeiras. – Há coisas que jovens como Gabriel ou Gabriel Jesus passam mais cedo. Eles também têm vivência.

O caso é que Fernando Prass vive uma situação rara. Chega à seleção brasileira, pela primeira vez na carreira, aos 38 anos. E justamente num torneio com limitação de idade para quase todos os convocados. O regulamento permite apenas três jogadores acima de 23 anos.

– Minha situação é rara. Comparo a um casal que tenta ter filhos desde cedo e não consegue. De repente, desencana. Mas quando acontece, a felicidade é ainda maior, pelo tempo de expectativa. Se eu jogasse até os 44 anos, sonharia com seleção. Mas não seria hipócrita de achar que eu tinha as mesmas chances de um menino de 23 anos – afirmou.