Cotidiano

PR Competitivo impulsiona municípios

Matelândia – Municípios que receberam investimentos atraídos pelo programa estadual de incentivos Paraná Competitivo ganharam participação na economia do Estado nos últimos anos. Levantamento inédito do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social mostra que dos 77 municípios que receberam investimentos produtivos pelo programa entre 2011 e 2014, 81% (63 deles) tiveram ganhos de participação no Produto Interno Bruto. Um dos que mais cresceram é do Oeste, Matelândia, com avanços na área agroindustrial.

Criado em 2011, o Paraná Competitivo, que concede incentivos fiscais, é o principal instrumento de atração de investimentos produtivos no Estado, com mais de R$ 32 bilhões contabilizados em projetos de construção e ampliação de fábricas. Daniel Nojima, diretor do centro de pesquisas do Ipardes, afirma que o Paraná Competitivo foi um dos motores do desenvolvimento econômico dessas cidades. “O impacto é particularmente expressivo naqueles em que o volume de investimentos representou parcela mais significativa do PIB municipal. Nesses casos, observa-se um crescimento relativo importante na participação dos PIBs locais no PIB estadual”, afirma Nojima.

“Isso mostra o poder do investimento na transformação econômica dos municípios”, diz Adalberto Netto, presidente da Agência Paraná de Desenvolvimento (APD). De acordo com ele, o investimento gera duas ondas, a primeira aumenta emprego e renda da população. A segunda provoca vinda de investimentos de outras empresas. “A cada grande projeto há atração, em média, de dois a cinco novos projetos”, diz.  De acordo com Nojima, a relação de investimento e crescimento do PIB não é direta, já que vários outros elementos interferem no desempenho econômico dos municípios, como a própria conjuntura nacional e desempenhos setoriais específicos.

“Esses fatores podem provocar aumentos ou quedas de produção e superarem os efeitos dos investimentos localmente realizados. Mesmo assim, é possível considerar efeitos diretos e indiretos oriundos de novos investimentos sobre a geração de renda e emprego tanto na fase de obras quanto a partir de sua efetiva operação”, diz.