Cotidiano

Posse do ministro da Cultura muda e é fechada para o público

2016_904347141-2014_742355905-2014_708508359-2014042361923.jpg_20140814.jpg_.jpgBRASÍLIA – Contrariando o rito, a posse do ministro da Cultura, Roberto Freire, acontece a portas fechadas no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira. O PPS, partido de Freire, havia divulgado comunicado dizendo que o evento seria no Salão Leste do palácio, como de costume, com discursos e presença do presidente Michel Temer e ministros. A única posse fechada de ministro no governo Michel Temer havia sido em junho, do presidente do Banco Central, Ilan Golgfajn.

ConteudoCulturaNas duas últimas cerimônias no Planalto, o lugar do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima – que é julgado na Comissão de Ética da Presidência por tráfico de influência – ficou vago.

“A cerimônia será às 12h, no Salão Leste do Palácio do Planalto. Os detalhes foram definidos nesta segunda-feira durante encontro de Freire com o presidente Michel Temer”, diz documento divulgado pelo partido do ministro da Cultura na segunda-feira.

A posse de Marcelo Calero, em maio, foi aberta ao público, como de praxe no Planalto. Na ocasião, Temer fez um mea culpa, dizendo que havia “verificado” que a Cultura era “fundamental”. Dias antes, ele havia extinto a pasta.

Geddel, acusado por Calero de pressioná-lo a liberar uma licença de construção para um prédio no qual tem apartamento em área tombada de Salvador, ausentou-se de dois grandes eventos do Planalto nos últimos dois dias, desde que a denúncia veio a público: no Conselhão e na reunião com governadores, nos quais havia vários ministros.

Peça-chave de articulação com o Congresso, Geddel Vieira Lima é um dos auxiliares de Temer, e despacha no Planalto ao lado de Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil.