Cotidiano

População de onças cresce 39% no PNI

A população de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu – que é compartilhado entre Brasil e Argentina – vem aumentando nas últimas décadas. Isso foi que apontou um levantamento realizado pelo Projeto Carnívoros do Iguaçu, desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

O Censo de 2016 apontou uma estimativa entre 71 e 107 onças no conjunto de florestas. O aumento é de no mínimo 39% em relação a 2014, quando o intervalo aproximado era entre 51 e 84 animais. A notícia ganha ainda mais importância, visto que em 2013 especialistas chegaram a cogitar a possibilidade de extinção da espécie no local dentro de um prazo de 80 anos.

Marina Xavier da Silva, bióloga e coordenadora do projeto, cita alguns dos motivos que ajudaram neste processo de recuperação. Apesar de comemorar, ela alerta que os resultados ainda não são suficientes para o problema deixar de ser uma preocupação: “O que a gente sabe é que é uma somatória de fatores: o aumento da fiscalização, o combate à caça, o trabalho de educação ambiental, o trabalho com as pessoas/vizinhos do entorno, a própria mudança de paradigma das pessoas, melhoria de gestão… tudo isso são fatores que somados ajudaram a população de onças a se recuperar”.

Desde que começamos a monitorar a população depois da década de 90, mais ou menos em 2005, os números vem apresentando uma tendência de crescimento. Com certeza já podemos comemorar essa tendência de crescimento, que é real e verdadeira. Realmente existiu esse cálculo/estimativa de sobrevivência da população, que era muito preocupante, mas foi algo que não aconteceu. Parece que conseguimos reverter isso a tempo. A população ainda é pequena. Ainda não é o que a gente gostaria que tivesse para essa região, mas já mostra pelo menos que estamos no caminho certo.