Cotidiano

Pontos patrulhados pelo Exército no Rio tiveram votação tranquila

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RIO – O clima tranquilo do dia 2 de outubro se manteve no 2º turno das eleições nos três pontos onde o Exército vêm fazendo o patrulhamento na capital. Em Rio das Pedras, as tropas estiveram em cinco pontos. Segundo o Comando Militar do Leste (CML) não houve qualquer incidente. Lá, considerado local sob domínio de milicianos, 330 paraquedistas cuidaram da segurança. Os militares também estiveram em Curicica e Irajá.

O movimento no dois principais colégios de Rio das Pedras, a Escola Municipal Professora Maria Vargas Menezes e o Caic Euclides da Cunha, segundo fiscais do TRE, caiu bastante em relação ao primeiro turno. A fiscalização acredita que o número de abstenções seja maior do que a expectativa.

O motoboy Edgar Silva, de 25 anos, tentou votar ontem, mas acabou chegando cinco minutos depois que a Escola Municipal Professora Maria Vargas Menezes tinha fechado seus portões.

_ Não deu tempo, mas a minha intenção era anular o voto mesmo. Saí muito tarde do trabalho. Não me simpatizei com as propostas dos dois candidatos que concorreram. Acho que não havia propostas consistentes para a educação e a saúde, que estão muito precárias. Não vejo só por Rio das Pedras, mas pelo Rio como um todo. Em Rio das Pedras, o pior mesmo é a falta de saneamento básico _ disse Edgar, diante de um enorme vazamento de esgoto.

A faxineira Cátia Nazareth, de 42 anos, conseguiu votar, mas também reclamou do esgoto no bairro.

_ Tem a valas negras em vários pontos de Rio das Pedras. Há muitos mosquitos e doenças por causa disso _ comentou a eleitora.

Segundo o CML, cerca de cinco mil homens fizeram o patrulhamento nesta segunda fase. Além da capital, com 2.170 militares, mais quatro cidades contaram com a presença do Exército: Belford Roxo, com 414; Nova Iguaçu, com 997; Niterói, com 264; e em São Gonçalo, com 222. Em nenhuma delas houve qualquer incidente.

O policiamento começou na manhã deste sábado e foi até o término da apuração dos votos. A escolha das regiões ficou a cargo do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ).

Ao pedir o auxílio das Forças Armadas para garantir as eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, explicou que estava preocupado principalmente com os currais eleitorais em áreas sob domínio das milícias e do tráfico de drogas.