RIO – É difícil saber agora com precisão a quem favorece, em termos eleitorais, o resultado da eleição americana. Mas já é possível identificar os candidatos da direita que acreditam que a vitória de Trump servirá para impulsionar suas ambições políticas.
A candidata da Frente Nacional na próxima eleição francesa, Marine Le Pen, que lidera as intenções de voto, escreveu no twitter: “Parabéns ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a ao povo americano, livre”.
O holandês Gert Wilders, considerado xenófobo e populista, que também está bem situado nas pesquisas para as eleições de março comemorou em sua conta no twitter: “Felicidades Donald Trump. Sua vitória é histórica e para todos nós”.
Le Pen e Wilders bebem de fontes semelhantes. Acreditam que a vitória do americano, somada ao resultado do Brexit, abrirá caminho para as urnas. Crescem à medida que as crises se juntam à União Europeia, sejam de governança, os resgates falidos, a emergência humanitária com centenas de milhares de refugiados que fogem da guerra ou uma recuperação econômica mais que frágil.
Dentro da UE são mais claros os partidários de Trump, junto ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que nesta manhã estava exultante.
“Felicidades. Que boas notícias, a democracia segue viva”, declarou em Budapeste.
O primeiro político britânico a comemorar a vitória de Trump foi seu amigo aliado Nigel Farage, líder do partido da Independência do Reino Unido (Ukip), que valorizou a conquista do magnata:
“2016 passará para a história como o ano das revoluções. o Brexit foi grande, mas parece que isto será ainda maior”, afirmou Farage.
Em declarações à rede de televisão ITV, Farage destacou sua boa relação com o presidente eleito e se ofereceu como voluntário para ocupar um cargo na administração Trump se abandonar a direção do partido nacionalista britânico.
