Cotidiano

Política de Foz do Iguaçu volta às páginas policiais

A prisão de Bandeira fez parte da segunda fase da Operação Deméter, que investiga ameaças a moradores e produtores rurais de Brasnorte (MT)

Foz do Iguaçu – A população por certo não esperava ver Foz do Iguaçu enfrentar um quadro tão degradante no cenário político quanto o que a cidade vive às vésperas de uma nova eleição municipal. Desde abril, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Pecúlio, tem crescido de forma assustadora o número de postulantes e detentores de cargos e mandatos públicos envolvidos em casos de polícia.

Apontado pela Polícia Federal como cabeça de um esquema que desviou próximo de R$ 5 milhões em recursos públicos, o prefeito Reni Pereira segue afastado do cargo e cumprindo prisão domiciliar. Secretários e outros colaboradores de sua administração também foram presos por envolvimento no mesmo caso, que já resultou em denúncia formal do Ministério Público Federal contra 86 pessoas. Há poucos dias, o vereador Zé Carlos foi parar atrás das grades acusado de desviar dinheiro da Câmara.

E ontem, a cidade das Cataratas voltou às páginas policiais com a prisão do candidato a prefeito Túlio Bandeira (Pros), que foi algemado no exato momento em que pedia votos na Vila A e levado para a Delegacia de Polícia Civil.

CRIME AGRÁRIO

O mandado de prisão temporária contra Túlio Bandeira, que já concorreu a deputado estadual em 2002 e a governador em 2014, foi cumprida pelo delegado Wander dos Santos Neves, vindo de Brasnorte (MT) e que contou com o apoio da Polícia Civil de Foz do Iguaçu.

Segundo ele, a prisão de Bandeira fez parte da segunda fase da Operação Deméter, que investiga ameaças a moradores e produtores rurais de Brasnorte e foi deflagrada para desarticular um grupo criminoso considerado de alta periculosidade que agia em conflitos de terras.

AGRESSÃO

Em Curitiba, também ontem, o vereador Professor Galdino foi detido pela Guarda Municipal na Câmara após ser acusado de agredir física, psicológica e moralmente a vereadora Carla Pimentel. Galdino negou a agressão, mas não convenceu nem seu próprio partido, o PSDB, que encaminhou carta à Câmara repudiando a atitude do vereador e anunciando a abertura de processo disciplinar que poderá culminar com sua expulsão.