Policial

Policiais civis não sinalizam pelo fim da greve

Apenas 30% do efetivo profissionais que trabalham nas delegacias do Estado estão em atividade, conforme manda a legislação vigente

Curitiba – Segue em todo o Paraná a greve de servidores da Polícia Civil. Em Cascavel, os profissionais seguem reunidos em frente à 15ª SDP (Subdivisão Policial). Apenas 30% do efetivo profissionais que trabalham nas delegacias do Estado estão em atividade, conforme manda a legislação vigente.

Ontem, o governo do Estado prometeu retirar de tramitação na Assembleia Legislativa as emendas que suspendem o reajuste salarial dos servidores de janeiro de 2017. A condição para que isso ocorra é o fim da greve do funcionalismo público, que também abrange os professores. Apesar disso, os policiais não sinalizam o fim da greve.

De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná, a categoria vai continuar de braços cruzados. “Se acabar a greve pelo dissídio vai ficar parecendo que só queríamos dinheiro e sabemos que este não é o único problema, muito pelo contrário”, afirmou o sindicato, em nota.

“A nossa questão é outra, nem fomos convidados [para a reunião]. O dissídio é um direito e nós não lutamos só por isso. A comunidade sabe que queremos servir e proteger, mas não temos pessoal nem material para isso. Ainda não houve nenhuma negociação com a gente”, disse o presidente do Sinclapol, André Gutierrez.

Ainda segundo o sindicato, a categoria não reivindica aumento salarial, apenas a reposição inflacionária. Mas os servidores também reclamam da escala de serviço excessiva e pedem a contratação de novos policiais, além da aprovação do novo estatuto e o pagamento de promoções e progressões atrasadas. Outra reivindicação da categoria é que os policiais civis deixem de fazer a guarda de presos abrigados nas delegacias.