Policial

Polícia prende assaltantes e autua receptadores de celulares roubados

Cinco homens suspeitos de praticar e planejar roubos de celulares em shoppings e supermercados de Curitiba foram presos nessa terça-feira (2), durante a Operação Blackout, deflagrada pela Delegacia de Furtos e Roubos. Além deles, foram autuadas oito pessoas como receptadoras destes produtos. Com uma delas foi apreendido um carro roubado, além do telefone celular.

A Polícia Civil chegou até os assaltantes com base em depoimentos de comparsas e no reconhecimento feito pelas vítimas. Foram identificados os responsáveis pelos crimes praticados nos shoppings Palladium, Muller e Curitiba e, ainda, nos supermercados Angeloni e Extra, todos na Capital.

Nos casos em que eles não agiram diretamente nos roubos, a atuação foi intelectual, planejando os crimes e cooptando adolescentes para executar os roubos e furtos nos estabelecimentos comerciais. Desta forma, além de responder pelo crime de roubo majorado, eles serão indiciados também por corrupção de menores. 

A Delegacia do Adolescente auxiliou a Delegacia de Furtos e Roubos para identificar os jovens que envolvidos nos assaltos.

O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita, destacou o trabalho das equipes de investigação. “Mais uma vez houve uma dedicação diferenciada das equipes, que conseguiram localizar, identificar e prender todas as vertentes do crime, tanto aqueles indivíduos que planejaram as ações, quanto os envolvidos na receptação”, destacou. 

Até o momento, os policiais da Delegacia de Furtos e Roubos atuaram oito pessoas pelo crime de receptação – elas compraram o aparelho roubado e não conseguiram comprovar a licitude da aquisição. Mais de 40 pessoas, suspeitas de portar os aparelhos roubados, foram conduzidas coercitivamente pela Polícia Civil. 

Pessoas relataram ter comprado os celulares em bares e na rua por R$ 300 – valor muito abaixo do praticado no mercado. A pena para o crime de receptação pode variar de um a quatro anos de detenção.

Segundo Emanuel Davi, delegado operacional da Delegacia de Furtos e Roubos, as investigações seguiram por duas vertentes. 

“A primeira vertente era buscar os autores diretos dos fatos, aqueles que cooptavam menores para a prática delituosa. A segunda vertente é em relação a quem está comprando esses aparelhos eletrônicos. Um deles chegou a dizer que eram vendidos em bares na rua por valores irrisórios. Celulares que valiam R$ 7 mil eram vendidos por R$ 300”, explicou.

Em um dos casos, a pessoa disse que comprou o aparelho roubado dentro de um shopping de Curitiba. Os proprietários da loja vão ser intimados pela delegacia para dar explicações. Em outro, policiais encontraram um carro roubado e adulterado com um dos suspeitos, além do aparelho celular. Ele foi autuado por receptação e adulteração.

Há também relatos de pessoas que compraram o aparelho celular por um valor próximo ao de mercado, mas sem nota fiscal. Nestes casos, o delegado está arbitrando fiança.

 

OPERAÇÃO

Desde as 6h de terça-feira (2), cerca de 40 policiais da Delegacia de Furtos e Roubos foram para as ruas cumprir os mandados judiciais. A ação policial aconteceu em Curitiba e nos municípios da Região Metropolitana.

A ação policial foi batizada como Blackout porque após os roubos e furtos de aparelhos celulares a polícia solicita ao Poder Judiciário o bloqueio imediato do IMEI (número único que identifica o aparelho) para que não possa ser repassado ou vendido para outras pessoas.