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Polícia Civil deflagra operação e mira suspeitos de adulterar cargas de soja e lesar empresas em US$ 20 milhões; um mandado foi cumprido em Cascavel

As investigações iniciaram há seis meses. Conforme apurado, o farelo de soja saía da fábrica com 46% de proteína. Após a adulteração, o produto chegava ao destino com somente 11%, pois era misturado com areia e casca da soja moída

Polícia Civil deflagra operação e mira suspeitos de adulterar cargas de soja e lesar empresas em US$ 20 milhões; um mandado foi cumprido em Cascavel

A PCPR (Polícia Civil do Paraná) está nas ruas, desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (27), para cumprir 47 mandados judiciais, sendo 24 de prisão temporária e 23 de busca e apreensão, contra suspeitos de adulterar cargas de soja e lesar empresas nacionais e internacionais. Estima-se que o prejuízo seja de aproximadamente US$ 20 milhões.

Os policiais civis têm a missão de cumprir os mandados, simultaneamente, nas cidades de Paranaguá, Francisco Beltrão, Ibaiti, Nova Esperança, São Jorge do Ivaí, Cascavel e Matinhos. Além do município de Teodoro Sampaio, no estado de São Paulo.

Em Cascavel, a equipe do GDE (Grupo de Diligências Especiais) da Polícia Civil auxiliou a Delegacia de Desvios de Cargas de Curitiba no cumprimento de um mandado de prisão no município.

As investigações iniciaram há seis meses. Conforme apurado, o farelo de soja saía da fábrica com 46% de proteína. Após a adulteração, o produto chegava ao destino com somente 11%, pois era misturado com areia e casca da soja moída.

De acordo com as investigações, a adulteração era feita desde janeiro e gerou um prejuízo estimado em US$ 20 milhões. Uma das empresas lesadas tem sede na França e teve um prejuízo de aproximadamente US$ 1 milhão.

Dentre os suspeitos estão funcionários, motoristas, agentes portuários, donos de barracões e agenciadores, que recrutavam os condutores dos veículos. Além de servidores de um sindicato e de uma empresa.

Os indivíduos podem responder por adulteração de substância alimentícia, associação criminosa, corrupção ativa e estelionato. Essa é a segunda fase da operação. A primeira aconteceu em setembro deste ano e prendeu nove pessoas.